Avaliou-se o conforto térmico de vacas leiteiras mestiças, anteriormente à inseminação artificial, e a relação com a taxa de concepção. Este estudo foi realizado em Uberlândia, Minas Gerais, região caracterizada por invernos secos e verões chuvosos, utilizando 112 vacas leiteiras mestiças, cuja composição genética envolvia as raças Holandesa, Gir, Jersey e Pardo Suíça. Os parâmetros fisiológicos, frequência respiratória e temperatura retal foram mensurados previamente à inseminação artificial, juntamente com os parâmetros ambientais, temperatura, umidade do ar e velocidade do vento. A temperaturamínima e a umidade relativa foram maiores no verão do que no inverno. Já a amplitude térmica foi menor no verão em relação ao inverno (p ˂ 0,05). As temperaturas média e máxima do ar, ITU (índice de temperatura e umidade) e ITE (índice de temperatura equivalente) não diferiram entre as estações (p ˃ 0,05). Observou-se uma tendênciade maior taxa de concepção quando as inseminações foram realizadas no ITU ≤ 72 (p = 0,06). Conclui-se que o momento em que foram realizadas as inseminações artificiais contribuiu para que os animais estivessem em conforto térmico e, portanto, não foi observado prejuízo na taxa de concepção das vacas leiteiras mestiças.