O Varroa destructor é o ectoparasita mais prejudicial às abelhas Apis mellifera, ele pode parasitar tanto abelhas adultas como crias, se alimentando da hemolinfa e dos tecidos adiposos desses insetos, introduzindo no processo, diversos vírus que chegam a causar o declínio total da colônia. A dinâmica populacional deste ácaro em abelhas africanizadas no alto sertão paraibano ainda é pouco estudada e conhecida pelos apicultores da região. Portanto, objetivou-se com este trabalho, avaliar os índices de infestação desse ácaro em colônias de abelhas africanizadas nos municípios de Aparecida – PB e São Francisco – PB, a fim de descrever sua dinâmica populacional nas localidades. Para isso, entre os meses de março e maio de 2020, foram realizadas três coletas de aproximadamente 300 espécimes de abelhas adultas retiradas dos quadros centrais de ninho, e cerca de 100 crias operculadas que foram mantidas em recipientes e levadas ao Laboratório de Entomologia para calcular as porcentagens de infestação nos dois estágios biológicos. Os resultados demonstraram ocorrência de Varroa destructor em todas as colônias analisadas nos dois municípios, no entanto, a dinâmica populacional do ácaro variou entre essas localidades, em Aparecida – PB a maioria das colônias tiveram taxa de infestação de 0,1-2% em ambos os estágios biológicos analisados, já em São Francisco, o maior percentual de colônias tiveram infestação nas suas crias entre 12,1->15%, e nas adultas de 2,1-4%. Os índices de infestação de Varroa nas crias de abelhas africanizadas em São Francisco – PB indicam grau moderado de varroatose, necessitando de intervenção pelos apicultores.