2021
DOI: 10.20396/etd.v23i2.8657121
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Infâncias removíveis, crianças descartáveis

Abstract: Esse artigo tem como objetivo discutir a infância nos recentes processos de remoção de moradias ocorridos na favela Jardim Humaitá, na cidade de São Paulo, Brasil.  A escolha do local de pesquisa se deu pelos visíveis interesses econômicos e imobiliários conflitantes com a ocupação da área vista como ilegítima pelo poder público. Trata-se de uma questão ainda pouco explorada no âmbito dos estudos sociais da infância e sua relação com o urbano e as cidades.  Partimos de observações do processo de reintegração d… Show more

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“…Assim, as pesquisas atuais têm capturado esse movimento, têm ouvido as crianças, suas práticas, táticas, representações, escolhas, desejos e sonhos. Gobbi (2021), por exemplo, ao pesquisar famílias moradoras de ocupações na cidade de São Paulo, lutando frente às constantes ameaças de reintegração de posse, despejos e deslocamentos forçados, analisa as diferentes formas de ocupação e resistência das crianças dessas ocupações, em situações cotidianas, como pelo brincar, pelas pistas que deixam nas paredes repletas por seus desenhos -uma verdadeira galeria de arte-, nas festividades preparadas por elas e para elas e mesmo ao acompanhar o ato de cozinhar das mulheres/mães (GOBBI, DOS ANJOS E PITO, 2020). Já Gouvêa e Carvalho (2021) também discutem sobre a ampla participação das crianças nos espaços dos movimentos sociais organizados, tanto no Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua quanto dos Sem Terrinha (coletivo infantil vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).…”
Section: Introductionunclassified
“…Assim, as pesquisas atuais têm capturado esse movimento, têm ouvido as crianças, suas práticas, táticas, representações, escolhas, desejos e sonhos. Gobbi (2021), por exemplo, ao pesquisar famílias moradoras de ocupações na cidade de São Paulo, lutando frente às constantes ameaças de reintegração de posse, despejos e deslocamentos forçados, analisa as diferentes formas de ocupação e resistência das crianças dessas ocupações, em situações cotidianas, como pelo brincar, pelas pistas que deixam nas paredes repletas por seus desenhos -uma verdadeira galeria de arte-, nas festividades preparadas por elas e para elas e mesmo ao acompanhar o ato de cozinhar das mulheres/mães (GOBBI, DOS ANJOS E PITO, 2020). Já Gouvêa e Carvalho (2021) também discutem sobre a ampla participação das crianças nos espaços dos movimentos sociais organizados, tanto no Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua quanto dos Sem Terrinha (coletivo infantil vinculado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).…”
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