Abstract:Resumo
Nossa experiência com pesquisa no âmbito do Estatuto da Criança e do Brazil (Minors' Code -1927, Child and Adolescent Statue -1990. Among the ways of governing and inventing childhood and the city in Brazil, we find the diagram of a sense of subject of children's rights.
“…(BRASIL, 2005) Por meio delas, a população infantojuvenil não podia circular pelas ruas e, se por algum desvio da norma o fizesse, em seguida seria recolhida pelas instituições, num procedimento de abrigamento e interdição de suas presenças fora dos lugares instituídos e esperados. (LAZZAROTTO; NASCIMENTO, 2016) Tais ações dirigidas à infância e adolescência resultaram na construção de um modelo de assistência, com forte tendência à institucionalização, ao enclausuramento, à vigilância, ao controle dos corpos e à normatização dos modos de ser. As crianças, nesse contexto, estariam segregadas e confinadas a espaços especializados, numa liberdade vigiada e disciplinar (FOUCAULT, 1987), acabando por vivenciar a cidade de maneira fragmentada e compartimentada.…”
Section: A Infância Institucionalizadaunclassified
O lazer urbano e as práticas lúdicas na cidade são direitos que devem ser contemplados na política pública para crianças e adolescentes. Por meio do método cartográfico, objetivamos caracterizar os modos de uso dos espaços públicos livres pelas crianças em Florianópolis (SC), relacionando aspectos de gênero e idade. Os dados foram registrados em diários de campo compostos no deslocamento do pesquisador pela cidade. No total, foram observados 81 equipamentos de lazer para a infância em 19 bairros da cidade, contabilizadas 210 crianças e adolescentes, sendo 30% do gênero feminino. A invisibilidade e baixa presença das meninas nesses locais parecem ser marcas da opressão de gênero, que se engendra, com o passar dos anos, nos corpos femininos. Concluiu-se que a interseccionalidade entre gênero e faixa etária pode influenciar o acesso ao direito ao lazer em espaços públicos, com meninas, em especial as crianças mais velhas e as adolescentes, tornando-o mais restrito.
“…(BRASIL, 2005) Por meio delas, a população infantojuvenil não podia circular pelas ruas e, se por algum desvio da norma o fizesse, em seguida seria recolhida pelas instituições, num procedimento de abrigamento e interdição de suas presenças fora dos lugares instituídos e esperados. (LAZZAROTTO; NASCIMENTO, 2016) Tais ações dirigidas à infância e adolescência resultaram na construção de um modelo de assistência, com forte tendência à institucionalização, ao enclausuramento, à vigilância, ao controle dos corpos e à normatização dos modos de ser. As crianças, nesse contexto, estariam segregadas e confinadas a espaços especializados, numa liberdade vigiada e disciplinar (FOUCAULT, 1987), acabando por vivenciar a cidade de maneira fragmentada e compartimentada.…”
Section: A Infância Institucionalizadaunclassified
O lazer urbano e as práticas lúdicas na cidade são direitos que devem ser contemplados na política pública para crianças e adolescentes. Por meio do método cartográfico, objetivamos caracterizar os modos de uso dos espaços públicos livres pelas crianças em Florianópolis (SC), relacionando aspectos de gênero e idade. Os dados foram registrados em diários de campo compostos no deslocamento do pesquisador pela cidade. No total, foram observados 81 equipamentos de lazer para a infância em 19 bairros da cidade, contabilizadas 210 crianças e adolescentes, sendo 30% do gênero feminino. A invisibilidade e baixa presença das meninas nesses locais parecem ser marcas da opressão de gênero, que se engendra, com o passar dos anos, nos corpos femininos. Concluiu-se que a interseccionalidade entre gênero e faixa etária pode influenciar o acesso ao direito ao lazer em espaços públicos, com meninas, em especial as crianças mais velhas e as adolescentes, tornando-o mais restrito.
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