Increase of binucleated cells in the oral mucosa: a study on the use of psychotropics by students of a Brazilian institution

Abstract

SUMMARY This study aimed to assess the prevalence of medical and nonmedical use of psychiatric medication among undergraduate students of health sciences from a public university in Brasil. Another objective was to determine the frequency of nuclear morphological abnormalities in the buccal mucosa of students using psychiatric drugs. A cross-sectional study based on a Web survey was carried out with 375 health sciences undergraduate students from schools of Pharmacy, Physical Education, Nutrition, and Medicine. Additionally, spontaneous genetic damages in exfoliated cells of the buccal mucosa of 41 individuals by counting micronucleus (MN) and binucleated (BN) cells frequencies were evaluated. The results showed 76 (20.3%) of students reported the use of psychotropic drugs after enrolling in university. The majority of these students were from Pharmacy and Medicine programs, females, aged between 18-25 years old, nonsmokers, alcohol addicts, and with a family history of mental illness. In addition, Medical students, individuals with high-income, who live alone and are in the last period of the program are more likely to use psychotropic drugs. Moreover, exposure to psychiatric medication was able to increase the number of binucleated cells. These results provide evidence that the use of psychoactive drugs is increased in the academic context and may be related to the failure of the cell cycle.

Uso De Estimulantes Cerebrais Entre Estudantes De Medicina

“…Além disso, de forma geral, indivíduos com alta renda e que estão no último período do curso se mostraram mais propensos ao uso. 10 O uso de psicoestimulantes, como metilfenidato, tornou-se uma prática recorren-DOI: 10.36489/saudecoletiva.2023v13i87p12872-12885 Todo o conteúdo desse periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons te de doping que ultrapassou os ambientes esportivos. Esses estimulantes cerebrais são utilizados para tratamentos de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia.…”

Uso não médico de psicotrópicos por estudantes de graduação: uma revisão integrativa

“…Segundo os 25 artigos selecionados, foi possível identificar que 10 estudos abordam a prevalência de estresse, ansiedade e/ou depressão entre alunos de graduação (Bertani et al, 2020;Costa et al, 2020;Cukrowicz et al, 2011;Granados Cosme et al, 2020;Ibrahim & Abdelreheem, 2015;Martínez-Martínez et al, 2016;Mohammad et al, 2020;Moreira et al, 2015;Pokhrel et al, 2020;Ramón-Arbués et al, 2020), sendo que 2 associam a relação desses transtornos com tendências suicidas (Cukrowicz et al, 2011;Granados Cosme et al, 2020). Além disso, 15 artigos discutem sobre o consumo de psicofármacos entre estudantes de universidades (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Câmara et al, 2011;Davis et al, 2019;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Lecat et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017;Oliveira et al, 2019;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010;Zullig & Divin, 2012), dos quais 3 estudos investigaram sua influência em comportamentos e pensamentos suicidas (Davis et al, 2019;Lecat et al, 2020;Zullig & Divin, 2012). (Tabela 1).…”

“…Quanto ao uso de psicotrópicos, foi registrado ser um problema crescente nas universidades, e 80% dos estudos selecionados mostraram o consumo de forma não médica abusiva (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Davis et al, 2019;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Martins & Ghandour, 2017;Oliveira et al, 2019;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010;Zullig & Divin, 2012). Foram analisados os motivos que levaram a essa prática, e os principais documentados foram: uso recreativo, automedicação (aliviar estresse e relaxar) e potencialização do desempenho acadêmico (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Demenech et al, 2020;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Papazisis et al, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Stone & Merlo, 2010).…”

“…Discutem ainda sobre as consequências do uso abusivo, sendo as principais o suicídio, dependência, tolerância e efeitos colaterais (Betancourt et al, 2013;Boclin et al, 2020;Davis et al, 2019;Hernandez & Nelson, 2010;Hildt et al, 2015;Lecat et al, 2020;Martins & Ghandour, 2017;Parks et al, 2017;Sousa et al, 2020;Zullig & Divin, 2012). Dentre os artigos selecionados, 76,92% mostraram predomínio pelo sexo feminino e os psicofármacos mais utilizados são os depressores do sistema nervoso central, mas houveram resultados variados ao considerar as classes medicamentosas estudadas em cada pesquisa (Câmara et al, 2011;Demenech et al, 2020;Oliveira et al, 2019;Sousa et al, 2020). Além disso, os artigos que mostraram associação entre o uso de psicotrópicos e comportamentos/pensamentos suicidas, notaram positiva correlação e aumento do risco de suicídio com o uso desses fármacos (Davis et al, 2019;Lecat et al, 2020;Zullig & Divin, 2012).…”

“…de ansiedade e 18,4% de depressão em estudantes de graduação (Ramón-Arbués et al, 2020), documentado de forma ainda mais preponderante em alunos da área de saúde (45,3% e 31% respectivamente) (Pokhrel et al, 2020). Em um ambiente de constante estresse decorrente a cobranças pessoais, privação de sono, inseguranças sobre o aprendizado (Granados Cosme et al, 2020;Martínez-Martínez et al, 2016), carga horária extensa, dificuldades na conciliação da vida pessoal e universitária (Costa et al, 2020;Moreira et al, 2015), alta demanda acadêmica, competitividade, preocupação com o futuro, falta de momentos de lazer, os alunos ficam vulneráveis ao sofrimento psíquico, o que pode levar ao consumo de drogas psicotrópicas (estimulantes, depressores do sistema nervoso central e analgésicos opioides) como mecanismo de cooperação (Ibrahim & Abdelreheem, 2015;Oliveira et al, 2019).…”