A pandemia ocasionada pela COVID-19, como ficou conhecida a doença do coronavírus, tem provocado, além de mais de 15 milhões de mortes de pessoas ao redor do mundo, inúmeras incertezas nos diferentes espaços de convivência humana. Em meio a essa assustadora realidade, o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos, em seu livro A cruel pedagogia do vírus, nos mobilizou a pensar sobre a seguinte indagação: Que conhecimentos provêm da pandemia do coronavírus? Essa pergunta, provocativa em sua substância, traz consigo uma verdade incômoda em face do atual contexto global: a ausência de respostas mais contundentes para o enfrentamento ao vírus e, consequentemente, para a salvaguarda da vida das pessoas. Ao mesmo tempo, a pergunta clama e instiga à construção de conhecimentos plurais e multirreferenciados, uma vez que os impactos deletérios da pandemia se fazem sentir, para além da área da saúde pública, nas áreas da educação, da cultura, da seguridade social, da infraestrutura das cidades, do ambiente natural, da economia e de tantas outras. Diante desse cenário, e na tentativa de abrir janelas de responsabilidades que ventilem a produção de conhecimentos prudentes, este livro tomou a educação pública e privada como objeto de análise no âmbito da e do pós-pandemia, elencando quatro Pilares de Responsabilidades (Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão) para se discutir ações, propostas, desafios e possibilidades nos espaços de desenvolvimento de práticas educacionais escolares e não escolares.