Incluir não é Apenas Socializar: as Contribuições das Tecnologias Digitais Educacionais para a Aprendizagem Matemática de Estudantes com Transtorno do Espectro Autista

Abstract

Resumo A inclusão de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), embora devidamente amparada pela legislação brasileira, representa um grande desafio para as escolas regulares de ensino e está longe de ser uma realidade. A inclusão implica na oferta de matrícula e no pleno acesso ao currículo escolar, com as adequações necessárias. Todavia, isso nem sempre ocorre, já que muitas ações pedagógicas, geralmente pautadas em uma ideia de que estudantes com TEA não podem aprender, ainda se prendem a práticas excludentes, que não levam em consideração as singularidades desses estudantes. Buscando combater essa visão e apresentar alternativas que possam contribuir para que o estudante com TEA tenha acesso pleno ao currículo escolar, o presente artigo discute resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi compreender as contribuições das Tecnologias Digitais Educacionais para a aprendizagem matemática de estudantes com TEA. Utilizando a metodologia do estudo de caso, os dados foram produzidos a partir de encontros semanais com dois estudantes com TEA em fase inicial de escolarização e incluídos na rede regular de ensino. Os resultados aqui discutidos trazem indícios de contribuições para o desenvolvimento dos estudantes em relação à atenção compartilhada e no que tange à construção do conceito de adição. Além disso, os resultados indicam que o uso de recursos tecnológicos pode representar uma alternativa pedagógica no trabalho com esses estudantes, pois o envolvimento deles com atividades informatizadas possibilitou a construção de conceitos matemáticos que anteriormente não conseguiam em um ambiente não digital.

Revisión del estado sobre las dificultades en el aprendizaje de las matemáticas en alumnado con TEA

“…Dadas las peculiaridades específicas de los estudiantes del espectro autista en el aprendizaje de las matemáticas, se hace necesario propiciar la preparación de los escenarios en los que se produce dicho aprendizaje, mediante la flexibilización y adaptación de las estrategias y metodologías de actuación, además de la utilización de los recursos adecuados a sus necesidades y habilidades (De Souza y Gomes, 2019;Fleira y Fernandes, 2019;González, 2021;López y Pereira, 2021), de manera que se eliminen barreras como: la dificultad de comprensión, debido a deficiencias lingüísticas y en la comunicación; las dificultades para entender conceptos matemáticos cada vez más abstractos debido a la rigidez de sus representaciones mentales; dificultad para desarrollar heurísticos o estrategias más avanzadas e incluso razonar matemáticamente, debido a sus déficits en la memoria de trabajo y las funciones ejecutivas; y, las dificultades para generalizar los aprendizajes matemáticos en un contexto diferente a aquel en el que se han producido.…”

“…Estas tecnologías amplían las oportunidades de aprendizaje, permitiendo la personalización de recursos educativos para atender las necesidades individuales de estos estudiantes (Gallardo et al, 2019;Gomes et al, 2020;Ruíz, 2022). La implementación efectiva de las TIC y TAC en el ámbito educativo promueve el desarrollo integral de los estudiantes con TEA, respetando su individualidad y preferencias de aprendizaje, y reporta beneficios en la dimensión académica, actitudinal y en la interacción social (De Souza et al, 2019;Garrote et al, 2020;Takinaga y Manrique, 2022). El carácter visual e interactivo de las TIC, en particular, favorece una mejor comprensión y procesamiento de la información por parte de los alumnos con TEA, mejorando su atención, concentración y motivación (Garrote et al, 2020;Gomes et al, 2020;Soler et al, 2020;Takinaga y Manrique, 2022).…”

Desenvolvimento Do Pensamento Computacional Com Estudantes Autistas: Uma Experiência Na Perspectiva Do Ensino Exploratório

“…Algumas características estão relacionadas a prejuízos qualitativos da interação social, comunicação verbal ou não-verbal e repertório restrito de atividades: a expressão facial apresenta pouco interesse; as habilidades lúdicas podem estar ausentes; surgimento de estilo social não-usual ou excêntrico; retardo na aquisição da linguagem; falta de contato visual; repetição de frases ou palavras; compreensão de algo figurativo para um entendimento literal; tom de voz monótono; resistência a mudanças de rotina; atividades repetitivas; interesses em objetos que giram, como o ventilador e bola; desempenho prodigioso em atividades específicas; sensibilidade ao som, luzes e/ou ao toque; padrões erráticos de sono; aversão a certos alimentos; auto machucar-se; acessos de iras; memória excelente; isolamento, o que leva as crianças autistas preferirem brincar sozinhas; não mostrar consciência do outro; ausência de empatia social ou emocional; caminhar na ponta do pé (Klin, 2006;Tuchman e Rapin, 2009;Almeida, 2012;Souza, 2019).…”

A Utilização Do Ambiente Imersivo De Realidade Virtual No Ensino De Matemática Para Estudantes Com Tea

“…Para além das diversas metodologias e práticas pedagógicas utilizadas nas últimas décadas, a inserção das Tecnologias Educacionais Digitais e Assistivas torna-se cada vez mais presente no contexto escolar, possibilitando novas práticas de ensino e aprendizagem. Diversos autores, como Moran (1995;, Orrú (2003), Yanaze (2012), Takinaga (2015), Cordeiro, Resende e Thiengo (2017), Souza (2019), Walker e Borges (2020), corroboram a ideia de que a tecnologia deve ser utilizada como recurso para auxiliar na aprendizagem, para que esse processo se torne mais atrativo, intuitivo, significativo, interativo e, assim, possibilite aprendizados efetivos.…”