O presente estudo tem por objetivo descrever a relação entre a realização de cirurgia bariátrica e a ocorrência de colelitíase, além dos fatores de risco envolvidos. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, utilizando dados de trabalhos indexados nas bases de dados MEDLINE, IBECS e SCIELO, nos idiomas português, inglês e espanhol, publicados nos últimos 10 anos. A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, trazendo perda da qualidade de vida e servindo de fator de risco para o desenvolvimento de muitas outras doenças. A cirurgia bariátrica é uma opção de tratamento para obesos mórbidos, permitindo rápida perda de peso e, na maioria dos casos, resolução completa das comorbidades. Entretanto, diversas complicações podem cursar no pós-operatório da cirurgia bariátrica, sobretudo a colelitíase e necessidade de colecistectomia, sendo o by-pass gástrico em Y de Roux, sexo feminino, gestação e rápida perda de peso, alguns dos fatores que contribuem para o processo. Felizmente, medidas profiláticas estão disponíveis e reduzem as incidências de colelitíase no período pós-operatório, como a realização de colecistectomia simultânea a cirurgia bariátrica e o uso de ácido ursodesoxicólico, porém, a conduta de escolha deve ser individualizada. Assim, a realização de mais estudos é necessária para concretizar ações visando redução de tal desfecho.