Resumo: A obesidade é um crescente problema de saúde pública. Nesse cenário, a cirurgia bariátrica surge como opção para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Apesar de ser uma terapêutica eficaz, pode ocorrer um reganho de peso nos primeiros anos pós-cirurgia. Entretanto, quando o ganho de peso não se enquadra nessa perspectiva, tem-se um problema. O objetivo foi abordar as variáveis que influenciam no reganho e redução de peso pós cirurgia bariátrica. Trata-se de um estudo descritivo longitudinal retrospectivo com 140 pacientes submetidos a cirurgia bariátrica em uma Clínica no oeste do Paraná, no ano de 2016. Os dados relativos ao acompanhamento anual, por 7 anos, foram coletados e posteriormente interpretados em planilha do Excel para verificar a correlação com o percentual de redução de peso e reganho de peso pós bariátrico. Os resultados revelam prevalência do sexo feminino na população total (77,4%), no reganho (44%) e redução máxima de peso (45%) ao longo do tempo. O tipo de procedimento com máxima perda de peso (54%) por procedimento, máximo reganho (44%) e maior porcentagem de perda no período analisado (45%), foi o Bypass gástrico em Y-de-Roux. A faixa etária de maior média de reganho foi a de 18 a 20 anos (30 kg) e a de menor média de reganho foi a dos maiores de 50 anos (11 kg), além de maior redução de peso no 7° período (40%). Conclui-se que há maior redução e reganho de peso em mulheres. A redução e o reganho são mais expressivos na técnica Bypass. A longo prazo, os pacientes maiores de 50 anos apresentam maior redução percentual e os pacientes mais jovens, 18 a 20 anos, possuem maior média de reganho de peso. O acompanhamento nutricional e atividade física, também, são fatores que interferem no reganho e redução de peso.