Implicações sociais, ambientais e qualidade de vida dos assentados do município de Júlio de Castilhos

Abstract

RESUMOO presente trabalho buscou identificar e avaliar as implicações sociais, ambientais e a qualidade de vida de três assentamentos (Ramada, Alvorada e Santa Júlia) do Movimento Sem Terra (MST), em Júlio de Castilhos, Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada foi pautada pela realização de um estudo de natureza descritiva e aplicada, com a utilização de uma survey, com 153 assentados. Os resultados obtidos evidenciam que o item com maior representatividade foi relações pessoais (89,54%), seguido de Espiritualidade/religião/crenças pessoais com (88,56%) e o menor foi recursos financeiros com 0,98%. Com relação à distribuição dos itens de acordo com os dominíos, através da análise fatorial, pode concluir que o domínio com maior participação na explicação da variabilidade dos itens foi o PHYS (Físico) com 21,181%,o PSYCH (Psicológico) com 12,678%, SOCIAL com 10,71%, ENVIR (Meio Ambiente) com 6,99% e de Auto-avaliação da Qualidade de Vida com 5,85%. Palavras-chave:Implicações Sociais e Ambientais, Qualidade de vida, Assentados. INTRODUÇÃOA concentração de terras existente hoje no Brasil é reflexo e consequência do modelo de colonização e exploração que foi implantada no país com a chegada dos portugueses (BLUM, 1999;BOGO, 1999).Esse modelo de concentração de terras se mantém até hoje. A ganância dos latifundiários e do agronegócio estão cada vez mais ligados um ao outro para não dividirem aquilo que no começo era terra de todos os índios que viviam em harmonia sobrevivendo da caça e da coleta do que consumiam não havendo qualquer tipo de disputa entre eles (BLUM, 1999;BOGO, 1999).O MST, como o movimento social rural mais organizado neste final de século, representa, no conjunto da história recente deste país, mais um passo na Longa Marcha dos camponeses brasileiros em sua luta cotidiana pela terra. Essa luta camponesa revela a todos os interessados na questão agrária um lado novo e moderno. Está lutando para conquistar a terra que tem sido mantida improdutiva e apropriada privadamente para servir como capital de reserva ou de reserva patrimonial às classes dominante. Trata-se, pois, de uma luta de expropriados que, na maioria das vezes, experimentaram a proletarização urbana ou rural, mas resolveram construir o futuro baseado na negação do presente. Não se trata, portanto, de uma luta que apenas revela uma nova opção de vida para esta parcela pobre da sociedade brasileira. Revela uma estratégia de luta. Acreditando ser possível, hoje a construção de uma nova sociedade, dotada de justiça, dignidade e cidadania (OLIVEIRA, 2005).Os assentamentos foram feitos no sentido de melhorar a distribuição de terras e dar uma vida mais digna aos trabalhadores e trabalhadoras do campo, tentado dessa maneira evitar o êxodo rural, e o consequente crescimento do cinturão de miséria a que são impostos aos que chegam às cidades (FERNANDES, 1999;2000;2003).

Transformando a Realidade Rural: O Papel do Cooperativismo de Crédito na Inclusão Social e Financeira e de Assentamentos de Reforma Agrária

“…Além disso, as cooperativas de crédito podem facilitar o acesso a redes de colaboração, para que as famílias consigam comercializar seus produtos a preços justos (ANDRADE; MORAES, 2017;PETRY, 2014). Elas também podem compartilhar recursos com as famílias, como equipamentos, infraestrutura e conhecimento, visando melhorar a eficiência e reduzir custos.…”