Impasse No Modelo De Desenvolvimento Fluminense: O Desafio De Superar Uma Crise Econômica E Não Apenas Das Finanças Públicas

Abstract

O Estado do Rio de Janeiro enfrenta um grave problema econômico que não se resume a aparência dos fatos que compõe a narrativa oficial do governo. Aspectos prioritários na raiz da questão serão tratados no presente artigo, o que envolve impasses no modelo de desenvolvimento como também tensões federativas. Dessa forma, visa desmistificar certos falácias no debate. Primeiro, deixar claro que a crise não é um problema exclusivo estadual quando a escala do problema é nacional, logo, discutir suas especificidades. Segundo, questionar se é razoável aceitar que governo federal assumindo papel só de credor, sem aceitar discutir assimetrias de poder no âmbito do pacto federativo. Terceiro, enfatizar a necessidade de articular uma solução para o problema das finanças públicas com os desafios de recuperação de uma grave crise econômica.

Dinâmica socioambiental e os desafios para o desenvolvimento urbano em Campos dos Goytacazes

“…Sua área de influência extrapola os limites da tradicional Mesorregião Norte Fluminense, e a relação com o município de Rio das Ostras se torna mais intensa, porquanto muitos trabalhadores passam a residir neste município, que também abriga empreendimentos logísticos do complexo petrolífero. A jovem indústria extrativa regional de petróleo reestrutura o espaço urbano-regional, na esteira da atração da capital e sua Região Metropolitana, onde as indústrias naval, siderúrgica e petroquímica estão instaladas, assim como os centros administrativos, escritórios de representação da Petrobras e de empresas de serviços e o centro financeiro e portuário estadual (Hasenclever;Paranhos;Torres, 2012;Siqueira, 2015;Sobral, 2020). Enquanto os novos municípios sofrem um boom populacional significativo em decorrência da montagem institucional da estrutura políticoadministrativa, Campos e os municípios mais antigos não sofrem impactos demográficos significativos no período anterior ao grande aumento nos valores das transferências governamentais para os municípios produtores.…”