Impairment Test Em Jogadores De Futebol: Análise Dos Trigger Events Que Justificam a Realização Do Teste De Recuperabilidade Em Atletas Profissionais

Ambiente institucional, estrutura do futebol feminino e desempenho de 61 clubes das ligas mais fortes do mundo

“…A Tabela 2 apresenta a estatística descritiva das variáveis de desempenho operacional Tal resultado, que parece refutar os pressupostos da RBV (Barney, 1991;Penrose, 1959;Rumelt, 1984;Wernerfelt, 1984) os ativos intangíveis podem influenciar positivamente o desempenho organizacionalpode ser explicado pelo baixo nível de evidenciação pelos clubes de futebol, brasileiros e europeus sinalizado pela literatura Vasconcelos, 2016;Maia, Rebouças, Vasconcelos, & Reinaldo, 2018;Messias, Gallina, Ferreira, & Zanchet, 2020) A contribuição conceitual desta pesquisa reside na busca de melhor entendimento da estrutura do futebol feminino dos clubes profissionais, bem como dos seus efeitos sobre o desempenho, visando a contribuir com evidências teórico-empíricas iniciais sobre esse ponto.…”

O Teste De Impairment Mente? O Caso Dos Atletas Dos Clubes De Futebol Brasileiros

“…O teste de impairment assegura que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior aos benefícios que eles podem proporcionar à entidade (Zandonai & Borba, 2009), de modo que se relaciona com a característica qualitativa fundamental da representação fidedigna (Messias et al, 2020).…”

“…Identificaram um nível de evidenciação semelhante ao do estudo referido anteriormente, a qual, no entanto, limitou-se à menção da realização do teste, não tendo nenhum clube da amostra efetivamente reconhecido perda por impairment e apenas dois divulgaram suas premissas de análise no ano de 2014. Messias et al (2020) abordaram a temática circunstancialmente, tendo identificado os eventos que atuam como gatilhos indicadores de desvalorização dos jogadores (trigger events) em clubes brasileiros e portugueses nos exercícios de 2014 e 2015. Além de terem apontado o desempenho do jogador, lesões e idade como os principais trigger events, também alertaram para a insuficiência de informações divulgadas pelos clubes do Brasil.…”

“…Percebe-se que alguns dos critérios divulgados coincidem com os apontados na literatura, como, tempo de contrato, idade do atleta, condição física e desempenho desportivo (Biancone & Solazzi, 2012;Andrade & Piva, 2020;Messias et al, 2020). Além disso, nessas poucas observações é que são fornecidos detalhes úteis a respeito da realização do teste de recuperabilidade pelos clubes, como os indícios de diminuição do valor recuperável, os critérios de mensuração do valor de mercado, o que é considerado como sendo a menor unidade geradora de caixa identificável, estimativa dos fluxos de caixa e taxa de desconto.…”

“…No impairment reconhecido pelo São Paulo em 2019, há o detalhamento de que se refere a três atletas profissionais cujos contratos ainda eram válidos até o final de 2021, porém cuja recuperabilidade dos valores contabilizados era tida por improvável. Conforme se nota o reconhecimento de impairment nesses casos corrobora a literatura a respeito de trigger events (Andrade & Piva, 2020;Messias et al, 2020;Biancone & Solazzi, 2012), confirmando na prática que o desempenho esportivo é um critério considerado na aplicação do teste de recuperabilidade.…”