A pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2 teve início em dezembro de 2019, e foi uma das maiores crises de saúde pública ocorrida nos últimos anos. Sabe-se que a disseminação da doença não prejudicou apenas os pacientes contaminados, como também atingiu, indiretamente, milhões de outros indivíduos ao redor do mundo. A consequência da precariedade no atendimento de gestantes e puérperas, por exemplo, resultou em inúmeras complicações orgânicas e psicológicas. Ao intensificar agentes estressores e impor o afastamento entre a parturiente e sua rede de apoio, a pandemia tornou o ciclo gravídico-puerperal um momento ainda mais complexo e solitário, causando, dessa forma, um aumento drástico nos índices de depressão gestacional e pós-parto. Apesar da importância desse acometimento, a quantidade de estudos dedicados a compreender tal relação de causalidade permanece escassa, haja vista que a situação caótica proporcionada pelo vírus iniciou o quadro de melhora recentemente. Logo, esta pesquisa pretendeu demonstrar o impacto deletério da COVID-19 na saúde mental de gestantes e parturientes. Para tanto, foi realizada uma revisão sistemática de literatura, com caráter descritivo e qualitativo, a partir da análise de dezenove artigos científicos disponíveis nas diversas bases de dados em saúde. O estudo minucioso da bibliografia permitiu concluir a irrefutável maleficência da pandemia no ciclo gravídico-puerperal, para o qual recomenta-se, a ampliação dos cuidados de saúde mental, tanto em serviços públicos quanto nos privados. Ademais, é imprescindível a realização de mais estudos na área, para solidificar os achados e conclusões científicas, contribuindo para melhora do bem-estar geral dessas pacientes.