Impacto da COVID-19 nos moradores de condomínio residencial vertical na Região Sul, Brasil: prevenção e automedicação

Abstract

A rápida disseminação da COVID-19 no mundo, resultante da alta transmissibilidade viral do Sars-CoV-2, associada à nexistência de vacinas e antivirais específicos e eficazes para a prevenção e tratamento da doença, tornou as intervenções não farmacológicas as opções mais eficientes para a mitigação e controle da pandemia. Esse estudo investigou medidas preventivas adotadas e o perfil de automedicação, na COVID-19, em moradores de condomínio residencial vertical, na cidade de Curitiba, Paraná. Foi realizado um estudo transversal com técnica amostral por conveniência. A coleta de dados ocorreu via online por questionário, previamente validado. Os resultados demonstram que medidas preventivas foram utilizadas pelos participantes da pesquisa, embora 20% dos moradores positivados ou em contato com casos positivos para COVID-19 não respeitaram a regra do isolamento social, contribuindo para o aumento do número de infectados. A automedicação foi observada em 66% dos moradores e a ivermectina foi o medicamento mais utilizado como prevenção e tratamento da pandemia. O uso irracional de medicamentos e o não cumprimento do isolamento social, mesmo quando possível, são dificuldades que retardam o combate ao Sars-CoV-2.

Emergência E Ressurgimento De Doenças Infecciosas: Os Desafios Das Fronteiras Sanitárias

“…Acesso desigual a vacinas (Todd;Bambra, 2021) desigualdade no acesso aos equipamentos de proteção pessoal (EPI) foram também evidentes (Dodds;Fakoya, 2020). A transmissão foi mais elevada nos bairros desfavorecidos, com domicílios de ocupação múltipla, casas de menor dimensão, maior urbanidade e densidades populacionais mais elevadas (Bambra et al, 2020;Sartor et al, 2022).…”