A vacinação é uma medida profilática eficaz e segura, capaz de evitar a disseminação de agentes infecciosos, sendo essencial, principalmente, a indivíduos que possuem contato habitual com ambientes hospitalares. Objetivou-se analisar o conhecimento dos acadêmicos de medicina sobre imunização profilática, e o papel das Instituições de Ensino Superior (IES), que oferecem graduação em medicina, sobre vacinação dos acadêmicos. Para isso, foi realizada buscas por artigos sobre o tema e dados nos sites das secretárias acadêmicas de todas as IES do estado de Minas Gerais (MG)/Brasil por informações sobre exigência ou não da comprovação de vacinação, qual momento e quais vacinas seriam exigidas. A maioria (34/39) das IES exige o cartão de vacina completo, enquanto cinco (12,82%) exigem apenas as vacinas para Hepatite B, Tríplice Viral e Febre Amarela. Vinte IES exigem os cartões de vacina no ato da matrícula (51,3%), restando 19/39, que exigem antes de iniciar o estágio (48,7%), por volta do nono período. Dados de literatura revelaram um grande contingente de acadêmicos dos cursos de Medicina, em vários estados do país, com cartões de vacinação incompletos. De acordo com dados dos artigos recuperados, os discentes relataram desconhecimento sobre o próprio status vacinal, mesmo possuindo riscos de exposição devido o contato direto com ambientes e pessoas contaminadas, contrariando as exigências das IES. Uma razão, para tal fato, é que os hospitais não verificam o status de imunização dos alunos ao iniciarem os estágios, logo as faculdades negligenciam a não apresentação do cartão de vacina. Conclui-se, que apesar de reconhecida a importância da vacinação, acadêmicos, IES e hospitais não tem atuado de forma efetiva, necessitando maior atenção ao tema, para serem evitadas infecções por doenças imunopreveníveis.