Esta obra constituiu-se a partir de um processo colaborativo entre professores, estudantes e pesquisadores que se destacaram e qualificaram as discussões neste espaço formativo. Resulta, também, de movimentos interinstitucionais e de ações de incentivo à pesquisa que congregam pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento e de diferentes Instituições de Educação Superior públicas e privadas de abrangência nacional e internacional. Tem como objetivo integrar ações interinstitucionais nacionais e internacionais com redes de pesquisa que tenham a finalidade de fomentar a formação continuada dos profissionais da educação, por meio da produção e socialização de conhecimentos das diversas áreas do Saber.
Congratula-se os autores pelo empenho, disponibilidade e dedicação para o desenvolvimento e conclusão dessa obra. Tenciona-se também que esta obra sirva de instrumento didático-pedagógico para estudantes, professores dos diversos níveis de ensino em seus trabalhos e demais interessados pela temática.
Este livro deseja fomentar discussões a respeito do que é ser mulher no século XXI. O universo feminino é tema de produções artísticas desde a pré-história, as quais referenciam o princípio gerador da vida. No imaginário coletivo, a mulher remete ao princípio de tudo. Na tradição religiosa cristã, Eva é a primeira mulher e a mãe de toda a humanidade. Contudo, por ceder a tentação, comer o fruto proibido, tornou-se culpada pela perda do Paraíso, ou seja, pela “Queda do ser humano”, pois foi levada pelo diabo a pecar. Dessa forma, ficou marcada pelo ódio, como representante da tentação, do pecado e da desordem. Assim, a figura de Eva seria uma das responsáveis pela disseminação da misoginia (ódio as mulheres) na cultura ocidental.
Atendo-se a diversidade geopolítica atual, vêem-se ainda ações diretas e indiretas, no sentido de reprimir a expressão do feminino: arbitrar como a mulher deve se vestir, mutilar partes do seu corpo, proibir o acesso à educação, restringir a atuação no mercado de trabalho de diferentes maneiras, impedir ou dificultar a participação política, dentre outras. Há que se refletir nos motivos que sustentam essas atitudes. No Brasil, embora as mulheres componham a maioria da população, a sub-representação na política é notória.
Por fim, ressalta-se a importância do papel da comunidade científica no enfrentamento da violência contra as mulheres.