A literatura recente acerca de taxas de sacrifício e credibilidade dos Bancos Centrais aponta que uma melhora em relação à credibilidade gera uma melhora (diminuição) das taxas de sacrifício. Neste artigo busca-se analisar se este efeito pode ser observado diretamente nas expectativas de PIB dos agentes. A análise foi feita a partir de um modelo VAR e funções impulso-resposta para o Brasil no período de 2002 a 2018. Os resultados indicaram que um aumento na credibilidade do Banco Central não implicou em melhora nas expectativas dos agentes acerca do PIB nos primeiros doze meses. Todavia, passado um ano do choque na credibilidade, observa-se uma melhora significativa nas expectativas de PIB, demonstrando que o ganho de credibilidade da autoridade monetária reduz a taxa de sacrifício no longo prazo.