Identificação de sintomas depressivos no período pós-parto em mães adolescentes

Abstract

Os objetivos do estudo foram determinar a prevalência de sintomas depressivos em mães adolescentes e caracterizá-las quanto aos aspectos sociodemográficos, comportamentais e de saúde mental. Estudo observacional, descritivo e transversal, desenvolvido em unidades de saúde, com 72 mães adolescentes por meio da Escala de Depressão Pós-parto de Edimburgo (EPDS) e da Escala de Avaliação para Depressão de Hamilton (HAM-D). Dentre as participantes, 20,8% apresentaram sintomas depressivos pela EPDS. As questões mais frequentes foram referentes aos sentimentos de culpa, ansiedade e ideias de fazer mal a si. Destacamos sentimentos de culpa (60%) e sentimentos de que não valia a pena viver (40%). A maioria das participantes (73,3%) não reconheceu que estava deprimida. Os resultados atentam para a importância do acompanhamento pré-natal individualizado, onde seja possível conhecer as vulnerabilidades, aspectos psicossociais pessoais e familiares, incluir o rastreamento de sintomas depressivos na anamnese e utilizar na rede de atenção, a referência e contra-referência.

A Importância Da Educação Interprofissional Em Saúde: Uma Revisão De Literatura

“…Em outra pesquisa 15% (n=25) das 166 participantes apresentaram sinais e sintomas de DPP, em puerpério mediato, entre 48h e 72h (ALOISE et al, 2019). No período puerperal, duas (2%) de 72 foram diagnosticadas com depressão pós-parto por seus médicos e fizeram uso de medicamento como única forma de tratamento para depressão, no entanto, 15 (20%) das mães adolescentes estavam com sintomas depressivos (CARDILLO et al, 2016). Em uma pesquisa identificou-se uma provável depressão pós-parto em 19% das 66 puérperas (MOLL et al, 2019).…”

Assistência de enfermagem a mulheres com ansiedade e depressão na gravidez: uma revisão integrativa

“…Os estudos realizados nessas pesquisas evidenciaram também que em mulheres adolescentes a incidência de depressão pós-parto é muito frequente nas primeiras semanas após o parto, pois correspondem a um período de ajustes emocionais e no cotidiano que podem ocasionar quadros depressivos. No entanto, o surgimento de condições de ansiedade nas mulheres, ainda é primordial, tendo em vista que durante o ciclo grávido-puerperal há uma grande prevalência da preocupação em relação à saúde do feto/bebê, a sua própria saúde e a sua situação financeira (Cardillo, Oliveira, Monteiro & Gomes-Sponholz, 2016).…”

Impacto Do Transtorno Do Estresse Pós-Traumático Por Abuso Sexual No Desenvolvimento Cerebral Infantil

“…O período grávido-puerperal é marcado por alterações emocionais, advindas de fatores sociais e psicológicos, que podem influenciar no desenvolvimento da gestação e também no bem-estar da díade mãe-filho (CARDILLO et al, 2016). Conforme afirmam os autores Greinert e Milani (2015) e Meltzer-Brody (2015), todas essas mudanças, que incluem os vários setores da vida, o período gravídico-puerperal promove a vulnerabilidade psicológica, propícia ao surgimento de depressão pós-parto e de outras patologias.…”