O artigo analisa a patologização do feminino no comp êndio Psiquiatria Clínica e Forense de Antonio Carlos Pacheco e Silva. O método analítico micro-histórico evidencia circunstâncias de vida de uma mulher exposta pela lógica médica que excluía quem não atingisse o lugar de esposa e mãe, cuja experiencia individual emerge do manual médico como caso exemplar de esquizofrenia. Os resultados indicam que a medicalização da sociedade construiu a representação do feminino desviante como negação do casamento e da maternidade.