“Horário do Soninho”: uma estratégia para reduzir os níveis de pressão sonora em uma unidade de terapia intensiva neonatal

Abstract

ResumoIntrodução: Estudos mostram que o ambiente muito estimulante, com altos níveis sonoros, interfere negativamente no desenvolvimento e crescimento de recém-nascidos. Objetivo: verificar se o "horário do soninho" é capaz de reduzir os níveis de pressão sonora em uma unidade de cuidados neonatais. Método: Trata-se de uma pesquisa transversal. A medida do nível de pressão sonora foi realizada durante 15 dias não consecutivos, com tempo de avaliação de 30 minutos antes, 1 hora durante e 30 minutos após o "horário do soninho" Resultado: Observamos uma redução dos níveis de pressão sonora durante o "horário do soninho" (p = 0,00). Essa redução permaneceu no período dos 30 minutos subsequentes, com diferença estatisticamente significante quando comparada ao período antes do "horário do soninho" (p = 0,00). Conclusão: O "horário do soninho" é uma ferramenta capaz de reduzir o nível de pressão sonora em uma unidade de terapia intensiva neonatalPalavras-Chave: ruído; Terapia Intensiva neonatal; Recém-nascido AbstractBackground: Studies show that super stimulating environment, with high sound levels, that negatively interfere in the development and growthof newborns. Aim: Verify if the "quiet time" is able to reduce the sound pressure levels in a neonatal care unit. Method: It is a cross-sectional research. The measurement of the sound pressure level was performed during 15 non-consecutive days with an evaluation time of 30 minutes before, 1 hour during and 30 minutes after the "quiet time" Result: We observed a reduction of the sound pressure levels during the hours of quiet time (p = 0.00). This reduction remained in the period of the subsequent 30 minutes, with a statistically significant difference when compared to the period before sleep time (p = 0.00). Conclusion: The “quiet time is a tool capable of reducing sound pressure level in a neonatal intensive care unitKey Words: noise; Intensive Care, neonatal; Infant, newborn Resumen"Tiempo de silencio": una herramienta para reducir los niveles de presión acústica en una unidad de cuidados intensivos neonatalesAntecedentes: los estudios muestran que el entorno súper estimulante, con altos niveles de sonido, interfiere negativamente en el desarrollo y crecimiento de los recién nacidos. Objetivo: Verificar si el "tiempo de silencio" puede reducir los niveles de presión acústica en una unidad de cuidados neonatales. Método: es una investigación transversal. La medición del nivel de presión sonora se realizó durante 15 días no consecutivos con un tiempo de evaluación de 30 minutos antes, 1 hora durante y 30 minutos después del "tiempo de silencio" Resultado: Observamos una reducción de los niveles de presión sonora durante las horas de tiempo de silencio (p = 0.00). Esta reducción se mantuvo en el período de los siguientes 30 minutos, con una diferencia estadísticamente significativa en comparación con el período anterior al tiempo de sueño (p = 0,00). Conclusión: el “tiempo de silencio es una herramienta capaz de reducir el nivel de presión acústica en una unidad de cuidados intensivos neonatales Palabras clave: ruido; Cuidados Intensivos, neonatales; Infante, recién nacido

Níveis de ruído em Unidade Terapia Intensiva Neonatal antes e após intervenção educativa [Noise levels in a Neonatal Intensive Care Unit before and after an educational intervention] [Niveles de ruido en una Unidad de Cuidados Intensivos Neonatales antes y después de una intervención educativa]

“…O nível médio de ruído deste estudo está acima das recomendações da American Academy of Pediatrics, em consonância com outras pesquisas 2,5,6,15,16 . Apesar de comprovada as consequências do ruído excessivo ao neonato, na prática assistencial os desafios para o controle do ruído são complexos e a produção nacional sobre a temática é limitada 12 .…”

Humanização da assistência de enfermagem na unidade de terapia intensiva neonatal de um hospital escola

“…Essa constatação reforça a ideia de que o período destinado ao repouso é uma estratégia eficaz para diminuir os níveis de pressão sonora na UTIN. 10 Os benefícios também se estendem para uma menor ocorrência de choro, redução do estado de alerta e períodos de sono mais prolongados e contínuos, conforme revelado nas declarações a seguir:…”

“…[6][7][8] O "Manual Técnico de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido: Método Canguru", do Ministério da Saúde, detalha a aplicação do "Método Canguru", que deve ser implementado imediatamente após o nascimento e envolve o contato pele a pele entre o RN e um dos pais. 9 O "Momento Psiu", por sua vez, preconiza o completo silêncio na unidade, 10,11 enquanto o método do "Ofurô" propõe a organização neurocomportamental por meio do banho de imersão em um balde. 12 A relevância deste estudo é fundamentada na busca pela melhoria assistencial.…”

Saúde ambiental e níveis de ruído nas unidades de terapia intensiva neonatal: uma revisão integrativa

“…Observou-se que dois deles utilizaram como estratégia a implantação do horário do soninho -um espaço de tempo em cada turno, em que se reduzem os procedimentos, a luminosidade, o manuseio do paciente e principalmente as conversas entre profissionais, propiciando o maior tempo em silêncio e, só podendo ser interrompido em caso de emergência., obtiveram sucesso na redução dos níveis de ruído durante a intervenção. Um deles demonstrou uma redução do Leq médio de 79,7 para 58,3 dBA na sala A, e de 74,3 para 53,1 dBA na sala B, reduzindo em torno de 25 e 20 decibéis respectivamente (Santos et al, 2015) enquanto Rocha et al (2020) observaram reduções menores, em torno de 4 decibéis, que permaneceram por 30 minutos após a intervenção.…”

“…Outra estratégia identificada foi a implantação do "horário do silêncio" ou "horário do soninho". Autores demonstraram a redução dos níveis de pressão sonora em até 21,2 dB(A) (Santos et al, 2015), sendo recomendada por diversos autores (Carvalhais et al, 2015;Rocha et al, 2020;Santana et al, 2015) como estratégia positiva para a redução do ruído nas unidades neonatais, em contraposição aos estudos de Casey et al (2020) que não registraram resultados positivos em sua pesquisa.…”