Homicídios do Brasil na última década: uma revisão integrativa

Abstract

Resumo O homicídio é a forma mais grave de violência com impacto negativo na população. Amplamente estudado no campo científico e divulgado por meios impressos e virtuais. O objetivo deste artigo é resgatar artigos de periódicos nacionais e internacionais, buscando a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos. Revisão integrativa a partir da plataforma SciELO, PubMed e LILACS dos artigos publicados entre 2006 e 2016. Utilizaram-se os descritores: Homicídio e Brasil. Selecionaram-se os artigos através da leitura do título, resumo e metodologia. Foram encontrados 427 artigos, dos quais 98 se referiam a estudos de homicídios e saúde no Brasil. Verificou-se publicações com destaque para o cenário nacional, seguido do estado de São Paulo e Pernambuco. O estudo quantitativo foi o mais utilizado, com a coleta através de dados secundários. Os artigos abordaram os homicídios na população em geral (48%), Feminicídio (14,3%) e Determinantes Sociais (7,1%). A produção científica brasileira em homicídios e saúde se encontra em fase de ascensão. É importante que os pesquisadores, analistas e editores voltem a atenção para o desenvolvimento de trabalhos no âmbito desse tema, objetivando aprimorar a qualidade dos artigos publicados.

Lethal Violence in Brazil: A Systematic Review of Portuguese-Language Literature From 2000 to 2020

“…With regards gender violence, we need to be aware of comparison of feminicide rates is problematic among countries because of different legal definitions. Similarly, we agree with de Oliveira et al (2020) that call for an integration of perspectives to violence, an interdisciplinary public health approach, with involvement of various public sectors and civil society to achieve better responses to both policies and services to prevent violence and particularly homicides. In terms of interventions, it is important to reveal initiatives against homicides that do not work as initially expected so they can be avoided in the future.…”

“…Roughly, close to three thirds of the theses relate to homicides in general followed by feminicide and then a minority on others (infanticide, robbery followed by death). de Oliveira et al (2020) report on articles published between 2006 and 2016 to declare that homicide composed about half of the articles, the one seventh by feminicide followed by others. A1.…”

“…(Note that these proportions are subject to a sample that excluded particular fields of research, such as the Arts, Literature and Forensics.) de Oliveira et al (2020) suggests that the Brazilian scientific production in homicides and health is on the rise. Unsurprisingly, quantitative approaches (descriptive or confirmatory statistical analyses) dominate methods employed in Economics, Epidemiology and Public health, while qualitative analyses dominate in Anthropology and History.…”

Homicídios: mortalidade e anos potenciais de vida perdidos

“…(4) O Brasil está na 26ª posição nos países com maiores taxas de mortalidade por homicídio no mundo. (4,5) Estudos mostraram redução de óbitos por homicídios na maioria das macrorregiões do Brasil, no entanto, independentemente dessa queda, o país continua situado entre as taxas de mortalidade mais elevadas no mundo e tem experimentado o fenômeno de interiorização dos homicídios. (1,4,6,7) O homicídio constitui ainda uma das principais causas de morte precoce no mundo, sendo a população jovem a principal vítima.…”

Desigualdades raciais na mortalidade por causas violentas no Brasil

“…A renda e a escolaridade se combinam para determinar maior mortalidade por homicídio entre a população mais pobre em uma capital brasileira (Mata & Costa, 2020). Uma revisão integrativa encontrou, no período de 2000 a 2005, maior prevalência dos homicídios na população masculina e jovem, principalmente em centros urbanos com acentuadas desigualdades sociais Luna;Silva, 2020). No Brasil, no período de 2006 a 2016, o padrão de homicídios não sofreu grandes modificações, alcançando a 10ª posição em um ranking de 100 países em 2014, fato que corrobora com os dados encontrados nesta pesquisa (Oliveira et al, 2020).…”