“…O ambiente, portanto, não é um "palco", um espaço estático onde humanos atuam historicamente: metaforicamente, está mais para areia movediça; de maneira diferente do ambiente singularizado analisado pelas ciências naturais que estudam o Antropoceno, esse texto aborda os múltiplos e possivelmente injustos mundos, surgindo juntamente com a imaginação e as práticas dos humanos que neles vivem; ou, por outro lado, uma determinada abordagem do Antropoceno aponta para a percepção da destruição desse palco onde se desenvolve o drama da existência humana. De fato, e criticamente, ao compreender os seres humanos e seus ambientes como coconstituintes, observaremos as relações de poder (pós)coloniais e desigualdades na formação de um ambiente humano e ambiental a partir de múltiplas escalas (HOOP;SRIDHAR;VLEUTEN, 2022, p. 202). Em segundo lugar, finalmente, como essas relações convergem ou conflitam com aspectos da ciência e tecnologia, que por sua vez, conectam os diversos espaços-tempos pós-coloniais?…”