Abstract:Resumo: Este artigo é uma reflexão sobre a paixão pela literatura e a infancia. Apresenta a preocupação com a necessidade de ler, contar e escutar histórias que são abordadas aqui como experiências profundas e fundamentais para os seres humanos, experiencias quase únicas. Para as professoras e professores, entre tantas tarefas a serem realizadas com as crianças, encontra-se também aquela de propiciar um encontro feliz entre as crianças e os livros e, de forma mais geral, entre as crianças e o mundo das históri… Show more
“…É permitir trazer as raízes crianceiras, as visões comungantes e oblíquas das coisas, é dizer sem pudor que o escuro ilumina, usar a palavra para compor silêncios (BARROS, 2010). Para a construção dessa forma de ouvir é fundamental, como destaca Manferrari (2011), escutarmos o mundo pela imaginação, "assumindo o compromisso na troca narrativa, cada um pode reconhecer que o outro é o outro realmente, com a diferença, a imprevisibilidade e a importância que lhe compete enquanto ser único" (MANFERRARI,p. 59).…”
As culturas infantis interrogam a formação docente: tessituras para a construção de pedagogias descolonizadoras Resumo O presente artigo tem como objetivo problematizar de que modo o reconhecimento das culturas infantis possibilita repensar os modelos canônicos de exercer a docência na educação infantil, tomando como ponto de partida o desvelamento das vivências de crianças negras e não negras, nas creches e pré-escolas, e em uma casa de candomblé. Trata-se de um estudo qualitativo com interlocução crítica entre os estudos pós-colonialistas, as relações étnico-raciais e a pedagogia da infância. Para tanto, partimos das tensões entre o marxismo e o pensamento pós-colonialista, procurando apresentar aportes e possibilidades de construções de pedagogias descolonizadoras que tenham como gênese a intempestividade das infâncias. Os resultados apontam para a necessidade de construção de pedagogias que propiciem a escuta das diferentes infâncias na educação infantil e que possibilitem ouvir o que as crianças pequenininhas e pequenas querem dizer, com suas diferentes linguagens, assim como a possibilidade de estabelecer relações entre os princípios da cosmologia de mundo yorubá, oralidade, ancestralidade e corporalidade com o parecer CNE/CP/03/2004, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, bem como com o parecer CNE/CB/20/2009, que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Neste contexto, lançamos um convite à construção de pedagogias descolonizadoras que colaborem para a equidade na educação infantil e inspirem novas políticas públicas de superação do racismo e de distorções que transformam diferenças em desigualdades.
“…É permitir trazer as raízes crianceiras, as visões comungantes e oblíquas das coisas, é dizer sem pudor que o escuro ilumina, usar a palavra para compor silêncios (BARROS, 2010). Para a construção dessa forma de ouvir é fundamental, como destaca Manferrari (2011), escutarmos o mundo pela imaginação, "assumindo o compromisso na troca narrativa, cada um pode reconhecer que o outro é o outro realmente, com a diferença, a imprevisibilidade e a importância que lhe compete enquanto ser único" (MANFERRARI,p. 59).…”
As culturas infantis interrogam a formação docente: tessituras para a construção de pedagogias descolonizadoras Resumo O presente artigo tem como objetivo problematizar de que modo o reconhecimento das culturas infantis possibilita repensar os modelos canônicos de exercer a docência na educação infantil, tomando como ponto de partida o desvelamento das vivências de crianças negras e não negras, nas creches e pré-escolas, e em uma casa de candomblé. Trata-se de um estudo qualitativo com interlocução crítica entre os estudos pós-colonialistas, as relações étnico-raciais e a pedagogia da infância. Para tanto, partimos das tensões entre o marxismo e o pensamento pós-colonialista, procurando apresentar aportes e possibilidades de construções de pedagogias descolonizadoras que tenham como gênese a intempestividade das infâncias. Os resultados apontam para a necessidade de construção de pedagogias que propiciem a escuta das diferentes infâncias na educação infantil e que possibilitem ouvir o que as crianças pequenininhas e pequenas querem dizer, com suas diferentes linguagens, assim como a possibilidade de estabelecer relações entre os princípios da cosmologia de mundo yorubá, oralidade, ancestralidade e corporalidade com o parecer CNE/CP/03/2004, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, bem como com o parecer CNE/CB/20/2009, que estabelece Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Neste contexto, lançamos um convite à construção de pedagogias descolonizadoras que colaborem para a equidade na educação infantil e inspirem novas políticas públicas de superação do racismo e de distorções que transformam diferenças em desigualdades.
“…Considerar a narrativa das crianças, entrar em suas tramas de narração pode favorecer a construção da identidade delas e do contexto em que habitam coletivamente, mas atravessado pela relação dialógica com o outro. ParaManferrari (2011), "contar é colocar-se em relação de empatia, é tornar possível experimentar o que o outro experimenta. O encontro, o contexto da relação, a dimensão comunicativa" (p. 52).…”
O propósito central deste dossiê é trazer para o debate a temática da avaliação de contexto na e da Educação Infantil. Nas últimas décadas, no cenário nacional, diferentes pesquisadores têm se debruçado a discutir a avaliação voltada à educação das crianças de 0 a 5 anos, por diferentes perspectivas teóricas (Brasil, 2009;Freire, 1996; Hoffman, 1996). Mais recentemente a discussão acerca da avaliação de contexto vem sendo problematizada como possibilidade de superar a perspectiva do processo avaliativo centrado nas crianças, mas como dimensão que deve afetar todos os sujeitos do contexto educacional (Moro & Souza, 2014;
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