Objetivos: Traçar o perfil clínico-epidemiológico e obstétrico de mulheres submetidas a histerectomia periparto, bem como identificar a incidência e desfecho desse procedimento. Métodos: Estudo retrospectivo, longitudinal com abordagem quantitativa realizado na maternidade de um hospital púbico em Picos-Piauí com todas mulheres submetidas a histerectomia periparto no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2022. Resultados: Sete pacientes foram submetidas ao procedimento na instituição durante o período de tempo do estudo, o que correspondeu a uma taxa de 2.13 histerectomia periparto por 1000 nascimentos. A média de idade foi de 33 anos (±5,9 anos), oscilando de 27 a 39 anos. Prevaleceram mulheres procedentes da macrorregião de cidades vizinhas (85.8%), casadas (71,5%), pardas (71.5%), lavradoras (71.6%), e 57% estudou até ensino fundamental. A média de tempo de internação hospitalar foi de 5,6 dias (±2,7 anos), com variação de 3 a 11 dias. Prevaleceu o diagnóstico de síndromes hemorrágicas, 85.8% obtiveram necessidade de hemoderivados, 42.8% necessidade de internação em unidade de terapia intensiva e 57.2% foram submetidas a histerectomia subtotal. Não se evidenciou óbito, 85% receberam alta por cura e apenas 15% foi transferida. Conclusões: A maioria das mulheres eram jovens, casadas, lavradoras, pardas, estavam gravidas e tiveram via de parto cesaria. Uma grande maioria necessitou de hemotransfusão e cuidados de terapia intensiva.