Abstract:RESUMOEste trabalho analisa os governos do Estado do Brasil, identificando e diferenciando suas hierarquias e poderes, caracterizando a relação entre os governadores-gerais e os governadores e capitães-mores das capitanias dessa parte da monarquia pluricontinental lusa, fossem elas de donatário ou régias, anexas ou principais. Conclui, ao contrário do que se tem afirmado, a diferenciação de sua autoridade e o poder e a supremacia dos governadores-gerais. Palavras-chave: Estado do Brasil; governadores ultramari… Show more
“…Boas e Smith (2015) constatam, ainda, que as mensagens eleitorais transmitidas pelos(as) representantes(as) de deus na Terra são retransmitidas pelos(as) fiéis a outros(as) evangélicos(as) simplesmente por pertencerem ao mesmo grupo social. Processo percebido pelo fundador da igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Edir Macedo, para quem a " [...] potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo, tanto no Legislativo quanto no Executivo, em qualquer que seja o escalão, municipal, estadual ou federal" (Macedo;Oliveira, 2008, p. 25). Essa força eleitoral pode ser aferida em outras camadas do processo eleitoral como no aumento de candidaturas religiosas em eleições municipais: de acordo com o TSE (Brasil, 2020)…”
O proselitismo feito por lideranças pentecostais e políticas em períodos eleitorais faz estes atores sociais se aproveitarem da homogeneidade evangélica para implementarem projetos de poder via processos democráticos. Para melhor compreender o fenômeno, este artigo analisou cultos de cinco igrejas durante o pleito da Câmara Municipal de Curitiba em 2020 com o auxílio da Semiolinguística de Charaudeau, que detectou, organizou e aferiu estratégias político-discursivas. Enquanto líderes religiosos apresentaram o ethos de chefe e um falar forte e delocutivo, usado para aconselhar eleitoralmente seus/suas fiéis em nome de Jesus Cristo, candidatos(as) basearam seus ethé e pathé em caráter, virtude e crenças partilhadas para se aproveitarem da homogeneidade do grupo, cada vez mais vinculado ao fundamentalismo. Dessa forma, pretendemos contribuir para o debate sobre a participação dessas lideranças na política partidária de um Estado laico imerso em uma transição que em breve fará do evangelismo a religião com o maior número de filiações no Brasil.
“…Boas e Smith (2015) constatam, ainda, que as mensagens eleitorais transmitidas pelos(as) representantes(as) de deus na Terra são retransmitidas pelos(as) fiéis a outros(as) evangélicos(as) simplesmente por pertencerem ao mesmo grupo social. Processo percebido pelo fundador da igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Edir Macedo, para quem a " [...] potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo, tanto no Legislativo quanto no Executivo, em qualquer que seja o escalão, municipal, estadual ou federal" (Macedo;Oliveira, 2008, p. 25). Essa força eleitoral pode ser aferida em outras camadas do processo eleitoral como no aumento de candidaturas religiosas em eleições municipais: de acordo com o TSE (Brasil, 2020)…”
O proselitismo feito por lideranças pentecostais e políticas em períodos eleitorais faz estes atores sociais se aproveitarem da homogeneidade evangélica para implementarem projetos de poder via processos democráticos. Para melhor compreender o fenômeno, este artigo analisou cultos de cinco igrejas durante o pleito da Câmara Municipal de Curitiba em 2020 com o auxílio da Semiolinguística de Charaudeau, que detectou, organizou e aferiu estratégias político-discursivas. Enquanto líderes religiosos apresentaram o ethos de chefe e um falar forte e delocutivo, usado para aconselhar eleitoralmente seus/suas fiéis em nome de Jesus Cristo, candidatos(as) basearam seus ethé e pathé em caráter, virtude e crenças partilhadas para se aproveitarem da homogeneidade do grupo, cada vez mais vinculado ao fundamentalismo. Dessa forma, pretendemos contribuir para o debate sobre a participação dessas lideranças na política partidária de um Estado laico imerso em uma transição que em breve fará do evangelismo a religião com o maior número de filiações no Brasil.
“…I, 641) Em reação ao fracasso da maioria das capitanias, a Coroa instituiu um governo-geral para coordenar o esforço de colonização, atentando especialmente para as áreas na qual a ocupação não se estabilizara. Junto com o primeiro governador, Tomé de Sousa, vieram centenas de artesãos, degredados e outros funcionários régios, assim como os jesuítas, membro da recém-fundada Companhia de Jesus (Cosentino 2014). Preocupados primeiro com a difícil conversão indígena, mas também com o ainda mais complicado bem-estar espiritual dos colonos, tais religiosos nos legaram vasta correspondência, além de muitos outros escritos diversos.…”
Descreve o que era realmente naquelle tempo a Cidade da Bahia de mais enredada por menos confusaA cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana, e a vinha, N ão sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro.Em cada porta um frequentado olheiro, Que a vida do vizinho, e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha, Para a levar à Praça, e ao Terreiro.Muitos Mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia.Estupendas usuras nos mercados, Todos, os que não furtam, muito pobres, E eis aqui a cidade da Bahia.
Neste artigo analisaremos a dinâmica interna de comunicação política entre os governadores-gerais do Estado do Brasil e as câmaras municipais. Apresentaremos os aspectos quantitativos da troca de correspondência, atentando para as variações ao longo do tempo, assim como faremos uma análise dos assuntos discutidos a fim de identificar e caracterizar as dinâmicas de governo estabelecidas. Analisaremos de modo mais detido as correspondências do governo-geral para a câmara de Salvador, buscando compreender como se conformavam os vínculos entre essas instituições e como essas relações viabilizavam a câmara de Salvador exercer influência em outras capitanias e aos governadores-gerais projetarem seu poder em escala atlântica.
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