Here and Everywhere: Sociology of Scientific Knowledge

Abstract

The sociology of scientific knowledge (SSK) is one of the profession's most marginal specialties, yet its objects of inquiry, its modes of inquiry, and certain of its findings have very substantial bearing upon the nature and scope of tihe sociological enterprise in general. While traditional sociology of knowledge asked how, and to what extent, "social factors" might influence the products of the mind, SSK sought to show that knowledge was constitutively social, and in so doing, it raised fundamental questions about taken-for-granted divisions between "social versus cognitive, or natural, factors." This piece traces the historical development of the sociology of scientific knowledge and its relations with sociology and cultural inquiry as a whole. It identifies dominant "localist" sensibilities in SSK and the consequent problem it now confronts of how scientific knowledge travels. Finally, it describes several strands of criticism of SSK that have emerged from among its own practitioners, noting the ways in which some criticisms can be seen as a revival of old aspirations toward privileged meta-languages.There is no shortage of reviews and assessments of the sociology of scientific knowledge (SSK). Most have been written by critics or by participants meaning to put their special stamp on a contentious and splintered field.' I too am a participant: My views about what the field is, and ought to be, are strongly held; they have been canvassed elsewhere, and they will be unavoidably evident in this survey. Yet my purpose here is less to score points than to offer a critical survey 'special note should be taken of Lynch (1993:Ch 2-4), which, while it argues a vigorous case for the virtues of ethnomethodology, is a detailed critical survey of recent trends in the social studies of science. SHAPINofhow SSKdeveloped, and continues to develop, in relation to sociology, and to make the leading concerns of the field rather more comprehensible to sociologists in general than they have been. For this specialty, such a purpose is not banal, as neither the place of SSK in the sociological culture nor its implications for the future of sociology+specially social theory-have been adequately canvassed b e f~r e .~The "here and everywhere" of my title refers at once to the problematic place of SSK within academic sociology and to a central problem it has generated and now confronts-how to interpret the relationship between the local settings in which scientific knowledge is produced and the unique efficiency with which such knowledge seems to travel. Sociology of ScientiJic Knowledge and the Academic CultureSSK must count as one of sociology's notable recent successes. Emerging not more than 25 years ago, in the 1970s and early 1980s it was an almost exclusively British practice (Collins 1983a:26&71). Now there are influential practitioners throughout North America, as well as in France, Germany, the Netherlands, Scandinavia, Israel, and Australia; and key Anglophone works have been translated into French, Italian, Japanese, Pol...

Entre o campo e o laboratório: a dinâmica de produção de conhecimento no Ambulatório de Menopausa do Caism/Unicamp

“…A abordagem localista contribuiu para a abertura de novas possibilidades de análise aos estudiosos da ciência, uma vez que transcende o "contexto da descoberta" e analisa as estruturas de "justificação" e a "viagem" do conhecimento de lugar para lugar (Shapin, 1995). Conforme destacam Latour e Woolgar (1997), compreender o processo de construção de conhecimento exige que se acompanhe tal "viagem" por intermédio das malhas da rede em que se faz e desfaz determinado fato científico.…”

“…Como truthspots -locais que permitem o acesso à "verdade" -ambos conferem credibilidade às afirmações científicas neles produzidas, contribuindo para a aceitação social das mesmas (Shapin, 1995;Gieryn, 2006). Apesar desse traço comum, a cada local se associam características diferentes: o campo proporciona acesso à verdade por meio de observação, experiências subjetivas, imersão, aproximação local, diferentemente do laboratório, cujas práticas se baseiam em experimentação, objetivação, distanciamento, generalizações (Gieryn, 2006).…”

“…Shapin (1995) exemplifica que o conhecimento incorporado em um termômetro seria difícil de ser contestado, uma vez que seria necessário lutar contra várias atividades institucionalizadas que dependem diretamente da manutenção do termômetro como uma "caixa preta". Assim, quando os elementos de uma rede agem em conjunto para proteger um conhecimento, esse conhecimento é então suficientemente forte e reconhecido como científico.…”

“…Assim, quando os elementos de uma rede agem em conjunto para proteger um conhecimento, esse conhecimento é então suficientemente forte e reconhecido como científico. Entretanto, durante a viagem o conhecimento nunca chega intacto a outro lugar, dado que não se consegue transferi-lo apenas por meio de algoritmos, receitas, métodos ou regras detalhadas sobre o processo: o trabalho empírico é desenvolvido mediante características locais, equipe qualificada a lidar com os processos, instrumentos tecnológicos e transações entre as pessoas e o conhecimento (Shapin, 1995). É a mobilidade espacial do laboratório (o fato de laboratórios "idênticos" poderem ser construídos nos locais mais diversos) que permite que as práticas realizadas no interior dos mesmos se dispersem rapidamente como "espécies invasoras", que viajam e são assimiladas em qualquer lugar, transformando o modo como as pessoas pensam (Kohler, 2002).…”

“…Apesar do número expressivo, pesquisas comparativas indicam que, em algumas sociedades, a ocorrência da menopausa é desconhecida, não havendo sequer um termo para designar tal fase (Vigeta, Brêtas, 2006). Assim, a menopausa não pode ser considerada um "fato natural", universal ou padronizado, mas um conceito particular e relativo, cujas fronteiras e significados dependem do ponto de vista de cada interlocutor (Lock, 1993;Trench, Santos, 2005) e dos lugares específicos em que são produzidos (Shapin, 1995).…”