O engenheiro francês Henri Fayol (1841-1925) é usualmente apresentado aos estudantes de Administração como o Pai da Escola Clássica de Administração, o que demonstra uma representação limitada da amplitude de sua contribuição para a evolução do pensamento administrativo. Além disso, é frequentemente associado ao seu contemporâneo, o teórico norte-americano Frederick Taylor, sendo aos dois atribuída a defesa de um modelo autoritário de administração. Entretanto, recentemente, pesquisadores descobriram, através do exame de documentos raros e inéditos, um desconhecido retrato desse pioneiro. Este trabalho resulta de uma investigação que buscou levantar fontes de informação bibliográfica disponíveis, publicadas ou não, incluindo resultados de trabalhos de pesquisadores da França, dos Estados Unidos, do Canadá, da Austrália e do Japão. Esses pesquisadores compõem um reduzido grupo de estudiosos, aqui denominados "novos fayolistas" porque retomam, depois de anos de quase amnésia no meio acadêmico, o interesse pelas contribuições de Henri Fayol. Tais estudos revelam conceitos desenvolvidos por Fayol que antecipam aspectos de teorias e práticas da Administração que, somente mais tarde, seriam desenvolvidas, como a Escola de Relações Humanas, a Teoria Contingencial e o Planejamento Estratégico. Ao apresentar as recentes pesquisas sobre o homem e o teórico Henri Fayol, este estudo permite, aos docentes e estudantes de língua portuguesa, acesso a escritos e palestras de sua autoria que, até então, permaneciam desconhecidos.