“…Já que a maior parte das unidades de análise desenvolve narrativas históricas, em vez de se limitar a menções curtas a nomes e datas, cabe analisar o significado dessa abordagem historicizadora dos conteúdos. Afinal, existe uma literatura que analisou livros didáticos de Ciências, tratando do tema saúde, e que identificou a prevalência de uma abordagem biológica ou biomédica nesses materiais, focada nos comportamentos individuais, em detrimento de um conceito mais amplo que abrange os determinantes sociais do processo saúde-doença e um enfoque sanitário mais contextualizado política, econômica, ambiental, cultural e historicamente (Carlini--Cotrim;Rosemberg, 1991;Gouvêa;Vilanova, 2012;Mohr, 2000;Monteiro;Bizzo, 2014). Com base nesses resultados e após a organização de nosso corpus, elaborou-se mais um sistema de categorias, relativo à orientação das unidades de análise diante da definição de saúde atualmente estabelecida pela Organização Mundial de Saúde ("um estado de completo bem-estar físico, mental e social"): a) marcantemente biológica; b) biológica, mas acenando para fatores psicológicos e/ou sociais; e c) sem predomínio da orientação biológica.…”