Guide to Psychoanalytic Developmental Theories

Gesto e Palavra

“…O bebê também o utiliza para dominar outras coisas que venham de seus cuidadores e que possam ser úteis para seu desenvolvimento, como comportamentos, gestos, atitudes etc. (Palombo et al, 2009). A identificação é, acima de tudo, um modo de obter controle sobre aquilo que se sofre passivamente, quando a criança repete as situações se colocando num papel ativo.…”

“…Ele começa por analisar o material em filme que já possuía, mostrando bebês sendo amamentados. Contudo, não descobre nenhum movimento equivalente em bebês nos seus primeiros dias de vida e constata, ao mesmo tempo, que, nessa idade, a musculatura do pescoço não se desenvolveu ainda o suficiente para que o sujeito possa sustentar a própria cabeça e movê-la verticalmente (Palombo et al, 2009). Em sua análise, aborda os filmes que registram um experimento de Margaret Fries (1937) para testar os padrões de atividade e de reação à frustração dos recém-nascidos, ao qual se submetiam todos os bebês observados.…”

“…Quando o estímulo liberadorum objeto grande em movimentoé detectado pelo animal, ele se movimenta em direção a ele e pressiona a cabeça contra o úbere materno. Esse comportamento é considerado proveniente da história evolutiva, não possuindo uma origem ontogenética, uma vez que o bezerro é um animal do tipo precocial 5 , enquanto o ser humano é altricial 6 , de modo que não podem ser diretamente comparados (Spitz, 1957(Spitz, /1998 (Palombo et al, 2009). A resposta sorriso, presente a partir dos 3 meses de vida, é um indício do desenvolvimento dessa acuidade visual, que torna possível a discriminação de imagens .…”

“…Anteriormente, estas se encontravam num estado de não-diferenciação, onde "Não" e "Sim" eram indissociáveis. Melhor dizendo, o "Não" ainda não existia, pois não está presente no inconsciente (Spitz, 1957(Spitz, /1998), e o "Sim" não havia ainda se formado a partir do assentir, do "trazer para si" característico da pulsão (Palombo et al, 2009). Diz Spitz:…”

“…Spitz pertencia à escola da Psicologia do Ego, compartilhando conceitos fundamentais e noções sobre marcos desenvolvimentais com outros autores da linha (como Anna Freud, Heinz Hartmann, Ernst Kris e Rudolph Loewenstein), aos quais se referia e elogiava constantemente (Goliath & Simanke, 2023). Os autores da Psicologia do Ego tinham como ponto de partida o texto "O Ego e o Id" (Freud, 1923) e acreditavam que o ego era consolidado a partir das experiências de cuidado oferecido pela mãe (Palombo et al, 2009). O ego era, ainda, indissociável do corpo e essencialmente um órgão psíquico voltado para a adaptação ao meio (Hartmann, 1968).…”