RESUMO -Este artigo traz uma reflexão sobre o ato de viajar e a experiência estética que lhe é inerente. Parte-se da hipótese que a contemporânea massificação das viagens torna ainda mais complexa a experiência do sujeito-viajante. A partir disso, percorre-se por meio de pesquisa bibliográfica, eletrônica e iconográfica, dois momentos da história das viagens: (i) século XVIII, com a rota dos grand tourists, em que viajar era um recurso para a busca de conhecimento e para a formação cultural e estética, porém circunscrito em termos de acesso à elite cultural e econômica; (ii) século XIX, a partir dos registros iconográficos e relatos dos viajantesnaturalistas, que estiveram no continente americano, direcionados pelo interesse de conhecimento científico. Faz-se também, um destaque à passagem dos naturalistas pelo Brasil oitocentista, demonstrando o caráter etnológico contido nestas viagens. Por fim, sugere-se a relevância da dimensão social das viagens contemporâneas, subsidiadas pelo avanço tecnológico e pela ampla viabilização de acesso das experiências de deslocamento espacial.Palavras-chave: Estética; Grand-Tour; Turismo; Viagem; Viajantes-naturalistas ABSTRACT -This article brings a reflection on the act of travelling and the aesthetic experience that him is inherent. The initial hypothesis is that the massification of contemporary travels makes still the experience of the traveling-subject one more complex. For so much, it is passed through bibliographical, electronic inquiry and iconographic, two moments of the history of the travels: (i) eighteenth century, with the route of the grand tourists, when it travels was a resource for the search of knowledge and for the cultural and aesthetic formation, however his access was circumscribed to the cultural and economical elite; (ii) nineteenth century, with the iconographic registers and reports of the naturalist-traveling ones, which were in the American continent, guided for the scientific knowledge interest. It is still done, a distinction to the passage of the naturalists for Brazil in eighteenth century, demonstrating the ethnological character of these travels. Finally, the dimensions assumed by the act suggest the relevance of thinking of travelling contemporarily, subsidized by the technological advancement and about the mass access of the experiences of space dislocation.