Germinação e qualidade de sementes de Adenostemma brasilianum (pers.) cass., Asteraceae nativa de sub-bosque de Floresta Atlântica

Abstract

RESUMO -Foram objetivos deste estudo analisar o comportamento germinativo das sementes de Adenostemma brasilianum oriundas de população natural, avaliar sua qualidade física e verificar o seu tempo de embebição. Sementes foram coletadas em indivíduos de um fragmento de Floresta Estacional Semidecídua em Viçosa, Zona da Mata mineira, Sudeste brasileiro. Para avaliação da qualidade física, sementes recém-colhidas (zero mês) foram classificadas como perfeitas (escuras com embrião) ou imperfeitas (escuras ou claras, sem embrião). Amostras de 50 sementes recém-colhidas foram colocadas para germinar em três temperaturas (20, 25 e 30 °C) e em três condições de luminosidade: com suplementação de luz (SUP), luz ambiente (AMB) e escuro contínuo (ESC). A germinação de sementes armazenadas por dois, quatro e seis meses foi testada utilizando-se metodologia idêntica. Sementes armazenadas por 12 e 18 meses foram colocadas para germinar a 25 ºC SUP. A dormência e a embebição foram testadas, respectivamente, com solução de tetrazólio e azul de metileno. Foram registradas 74,7% de sementes fisicamente perfeitas, e observou-se a partenocarpia (10%). As sementes iniciaram a germinação ao oitavo dia após a semeadura. Os fatores luz, temperatura e armazenamento agiram sinergeticamente sobre a germinação das sementes. As maiores porcentagens médias de germinação foram observadas nas sementes recém-colhidas e submetidas às temperaturas de 25 e 30 ºC SUP, 85,5 e 88,5%, respectivamente. A dormência das sementes foi constatada em baixa temperatura (20 ºC), independentemente do tratamento de luz. O armazenamento aumentou a mortalidade e a quebra da dormência; aos 12 meses, a germinação foi nula. A absorção de água pela semente ocorreu 24 h após a sua imersão em solução de azul de metileno.Palavras-chave: Dormência de semente, Fotoblastismo e Longevidade de semente. GERMINATION AND QUALITY OF Adenostemma brasilianum (PERS.) CASS. SEEDS, A NATIVE UNDERSTORE ASTERACEAE OF THE ATLANTIC FOREST

Caracterização palinológica de amostras superficiais da floresta estacional semidecidual (SC, Brasil)

“…Legenda: F -floresta; C -campo. A síndrome de polinização dos táxons foi feita com base em: Corrales et al (1986), Abreu (2001), Wendt (2005), Albuquerque et al (2006), Gressler et al (2006), Kinoshita et al (2006), Ribas & Kageyama (2006), Araújo Júnior et al (2007, Godinho (2007), Viviani (2007), Rocha (2009), Crespam (2010), Aleixo (2013), Carvalho (2014), Pires et al (2014), Coelho (2015), Souza & Funch (2015), , Maroja et al (2018), Verma et al (2019), Lucena et al (2021) Essa presença maior de pólen anemófilo, especialmente de Poaceae, se deve ao fato de esses táxons (gramíneas) possuírem estruturas reprodutivas adaptadas e produzirem grande quantidade de pólen, pois sua polinização não é certeira, diferentemente do que ocorre com os zoófilos (GUILHERME & RESSEL, 2001;KINOSHITA et al, 2006;SALGADO-LABOURIAU, 2007).…”

Composto De Águas Residuárias De Suinocultura Na Produção De Mudas De Espécies Florestais

“…No entanto, os autores verificaram que, além do incremento no crescimento das mudas, sua qualidade só foi adequada com o uso adicional de fertilizante mineral. No trabalho de Brugnara et al (2014) com maracujazeiro-amarelo em vasos maiores (1.200 cm 3 ), o uso de CARS ao SC proporcionou crescimento adequado às mudas com ausência de fertilizante mineral, sendo justificado pela maior quantidade de nutrientes presente no CARS e pela menor perda Comparando as espécies florestais, o baixo percentual de emergência das plântulas do mogno africano pode estar relacionado às suas características intrínsecas, como tamanho, tempo de armazenamento e manejo de coleta e póscoleta das sementes (GODINHO et al, 2011). Essas características também influenciam na velocidade de germinação das espécies florestais, sendo que o eucalipto e cedro australiano iniciaram a emergência a partir de oito dias da semeadura, enquanto o mogno africano dobrou o tempo para início da emergência.…”

Study of storage on seed germination of Chresta sphaerocephala DC. – Asteraceae

“…Hands, tools and workbench were disinfected with 70°GL ethyl alcohol to prevent contaminations. The chosen substrate was square filter paper, being placed in gerbox type germination boxes (Godinho, Mantovani-Alvarenga & Faria, 2011).…”

“…Each set was put in BOD germinators, eight gerboxes per germination temperature, for both storage temperatures. In addition, the incubator drawers were filled with distilled water so that their internal humidity was maintained (Cury et al, 2010;Godinho et al, 2011). The seeds were monitored daily, in order to count the germinated seeds and moisten the filter paper, when required.…”

“…Among the 1600 Chresta sphaerocephala seeds analyzed, 1,304 seeds did not germinate, 105 seeds died, mainly due to fungi, during observations, and only 191 seeds germinated, totaling a germination rate of 14.5% (Table 1). This low germination rate can be explained due to the requirement of specific environmental conditions demanded by the species (Godinho et al, 2011). According to Velten and Garcia (2005), low germination happens frequently in the Asteraceae family, and this is a reflection of the high production of seeds without embryos or with non-viable embryos and low percentages of fertile achenes.…”