Os solos recobertos pela agropecuária convencional, mais utilizada no mundo, estão se degradando em ritmo acelerado, em variados ambientes. Assim, o objetivo deste estudo é apresentar uma adaptação da metodologia da Geoecologia da Paisagem, utilizada em diagnósticos ambientais, para o estudo de áreas rurais degradadas pela erosão, propondo procedimentos para quantificar a predisposição do meio físico (litologias, classes de solos, formas e energia do relevo) e do uso da terra à formação e desenvolvimento de feições erosivas lineares (sulcos, ravina e voçoroca). Foram elaboradas cartas de unidades físicas e de estado ambiental de uma área rural experimental, situada no oeste paulista, degradada pela erosão. Os resultados permitiram identificar os padrões de uso da terra que mais contribuem para a dinâmica erosiva, com destaque para as pastagens, que generalizam a ocorrência do estado ambiental instável, mesmo em unidades físicas de menor predisposição à erosão, e dos estados crítico e muito crítico, nas unidades de maior predisposição. Constatou-se a perda de potencial geoecológico em 92% da área, com consequências negativas para as atividades agrícolas, que são a base da economia local.