Genotypic differences relative photochemical activity, inorganic and organic solutes and yield performance in clones of the forage cactus under semi-arid environment

Intensificação de sistemas de produção de palma forrageira por meio de consorciação rotativa com gramíneas, leguminosas e oleaginosas: uma revisão

“…O potencial adaptativo destes gêneros de palma a ambientes áridos e semiáridos é possibilitado a partir das modificações morfofisiológicas e, principalmente, pelo seu metabolismo ácido das crassuláceas (MAC). Essa cactácea realiza assimilação de CO2 normalmente durante a noite, com auxílio da fosfoenolpiruvato carboxilase, a partir da abertura dos seus estômatos (Figura 2) (Taiz et al, 2017;Jardim et al, 2021b). Em tal metabolismo citado anteriormente, durante o período diurno, ocorre o fechamento estomático, impedindo a perda de água para atmosfera pela transpiração, conservando-se a turgidez celular e, com isso, condicionando seu desenvolvimento em ambientes de condições deficitárias de recursos hídricos e temperaturas elevadas (Garcia et al, 2014;Taiz et al, 2017).…”

“…Estas peculiaridades morfofisiológicas da palma (Figura 3) possibilitam que a mesma tenha alta eficiência na utilização da água e nutrientes, sobrevivendo em locais com precipitação pluvial em torno de 150 mm ano -1 . As plantas com metabolismo MAC apresentam uma eficiência de 3 a 10 vezes maior que uma planta com metabolismo C3 e C4 (Dubeux Júnior et al, 2010;Dubeux Júnior et al, 2015;Jardim et al, 2021b). Todavia, para que a palma forrageira tenha a capacidade de expressar seu potencial máximo de produção, a mesma deve ser cultivada em regiões onde as precipitações pluviométricas anuais estejam entre 368 mm a 812 mm, em locais onde o volume de chuva é inferior aos valores ideais, é de grande necessidade a utilização de irrigação complementar, para atender a demanda hídrica da cultura e potencializar a produção de forragem (Pereira et al, 2015;Jardim et al, 2019;Yan et al, 2020;Araújo Júnior et al, 2021).…”

“…e Nopalea spp. ), adaptada às condições adversas da região, devido à presença do metabolismo ácido das crassuláceas (MAC), o que a torna eficiente na utilização da água, e tolerante a fatores abióticos (Dubeux Júnior et al, 2010;Jardim et al, 2021b). Essa cactácea apresenta em torno de 90% de umidade em seus cladódios, o que contribui para redução na demanda de água pelo animal, além disso, apresentam altos teores de carboidratos solúveis, minerais, vitaminas e alta digestibilidade (Bezerra et al, 2015;Jardim et al, 2020a).…”

Utilização de biofertilizantes alternativos no cultivo de palma forrageira: Uma revisão

“…Entre as diversas forrageiras que existem no semiárido brasileiro, como gramíneas e plantas nativas, esta cactácea destaca-se em virtude dos seus mecanismos de adaptações à escassez de água, o que permite a sua perenidade em ambientes de extrema condição de aridez, mantendo a sustentabilidade da pecuária no semiárido, proporcionando produção quantitativa e qualitativa, através da melhoria na dieta alimentar a custos razoáveis para os produtores rurais (Alencar et al, 2011;Barbosa et al, 2017;Jardim et al, 2020b;Jardim et al, 2021b;Silva et al, 2020c). A palma forrageira possibilita a produção animal nos períodos mais críticos do ano, surgindo como fonte alternativa de alimento, pois oferece boa disponibilidade no período seco, bom coeficiente de digestibilidade da matéria seca e alta produtividade.…”

“…O grande diferencial da mesma é seu metabolismo CAM (crassulasean acid metabolism), considerando a chave para o sucesso e sobrevivência em regiões áridas e semiáridas. As plantas CAM mantêm seus estômatos fechados durante o dia e abrem durante a noite, quando geralmente as temperaturas são mais baixas, minimizando a perda de água, pois a H2O e CO2 têm a mesma via de difusão (Taiz & Zeiger, 2004;Borland et al, 2014;Jardim et al, 2021b).…”