“…Se, por um lado, os numerosos estudos acerca da intensificação da entrada das imigrantes no mercado de trabalho do setor de cuidados e de serviços domésticos como consequência do processo de globalização hegemônico (Ehrenreich e Hochschild, 2004;Herrera, 2011Herrera, , 2012Hondagneu-Sotelo 2003Sassen, 1997Sassen, , 2002 foram fundamentais para denunciar as situações de opressão e exploração a que muitas dessas mulheres estão submetidas, por outro acabaram por reforçar e legitimar o estereótipo das imigrantes como pobres, incultas e com baixos níveis de qualificação. E, ao mesmo tempo, contribuíram para que diferentes experiências e realidades referentes à imigração feminina permanecessem anônimas, como questões relacionadas com: sexualidade, associativismo, empreendedorismo, identidades sexuais, novas configurações familiares, jovens garotas imigrantes, refúgios, movimentação política, imigração qualificada, acesso à cidadania (Manalansan, 2006;Hondagneu-Sotelo, 2011).…”