Gender-specific differences in alcoholism: Implications for treatment

Abstract

Alcohol abuse and alcoholism cut across gender, race and nationality. In general, more men than women are alcohol dependent or have alcohol problems, but women are at greater risk for adverse effects and alcohol-related diseases. Death rates among female alcoholics are 50 to 100 percent higher than those of men. Major physiological impairments, the diagnostic distribution, the psychosocial consequences and their implication on treatment will be outlined.

Comorbidade entre dependência de substâncias psicoativas e transtornos alimentares: perfil e evolução de mulheres em um tratamento específico para dependência química

“…Nos Estados Unidos, o número de mulheres alcoolistas vem aumentando desde o "Epidemiological Catchment Area Study" (ECA), no início dos anos 80 e atualmente, estima-se que a prevalência de dependência de álcool ao longo da vida seja de 20,1% para os homens e 8,2% entre as mulheres (Anthony, Helzer, 1991;Kessler et al, 1994;Walter et al, 2003;Nolen-Hoeksema, 2004).…”

“…Homens e mulheres dependentes de substâncias psicoativas apresentam múltiplas diferenças baseadas em uma complexa interação entre fatores sociais, genéticos, hormonais, neurofisiológicos e ambientais (Walter et al, 2003 (Lex, 1944;Brienza, Stein, 2002). Para a cocaína, eles citam os efeitos da intoxicação como motivo principal; as mulheres, ao contrário, relacionam o uso à: depressão, sentimentos de isolamento social, pressões familiares e profissionais, problemas de saúde e, mesmo, tentativas para perder peso (Lex, 1994;Cochrane et al, 1998).…”

“…Contribui para esse efeito, também, o fato de que na mulher a razão entre o tecido gorduroso e magro é maior e a distribuição do seu volume é menor em relação ao volume de água corpórea total (UNODC, 2004). A maior absorção do álcool pode ser devida, ainda, aos níveis séricos menores nas mulheres que nos homens da enzima álcool-desidrogenase (ADH), que é responsável pelo metabolismo de quantidades substanciais de álcool, antes que ele entre no sistema circulatório (Brady, Randall, 1999 Adicionalmente, flutuações hormonais, sejam nos níveis do hormônio gonadal sejam relacionadas ao ciclo menstrual, parecem também afetar a taxa de metabolização do álcool, embora a forma ainda não seja clara (Dawson, 1994;Walter et al, 2003).…”

“…O consumo elevado de álcool leva também a ciclos menstruais irregulares e/ou anovulatórios, risco de aborto espontâneo, mudanças abruptas na glicemia e distúrbios no metabolismo da vitamina D, o que resulta em uma absorção inadequada de cálcio e, conseqüentemente, em um aumento do risco de osteoporose (Brienza, Stein, 2002;Walter et al, 2003;Sellers, 2005).…”

“…Enquanto para os homens, os familiares e amigos encorajam-nos a parar de usar drogas, as mulheres referem sentir-se pouco apoiadas, seja porque a família nega ou se sente envergonhada por seu comportamento, seja em função de um relacionamento abusivo baseado na dependência, seja porque o consumo de drogas provocou conflitos que ocasionaram distanciamento ou mesmo rompimento da relação familiar (Turner et al, 1998;Grella, Joshi, 1999;Health Canada, 2001;Brienza, Stein, 2002;Davis et al, 2002;Walter et al, 2003).…”