Gender and Same-Sex Intimate Partner Violence: A Systematic Literature Review

Abstract

The infl uence of gender on intimate partner violence (IPV) has been predominantly studied in opposite sex relationships. This article presents the results of a systematic literature review in which the aim was to understand how gender may aff ect not only the violence in same-sex IPV but also, and mostly, each element of the couple and third-party responses. The search was conducted in four electronic databases: B-on, PubMed, Sage and PsycINFO. From the analysis of seven articles selected, four major domains were identifi ed in which gender aff ects these relationships: normalizing violence; diffi culty in recognizing violence; diffi culty in seeking help; and social isolation. It was concluded that gender, or gender role expectations, cannot be ignored while studying this phenomenon. More than infl uencing violence per se, gender shapes the way each element of the couple perceives their experiences and third-party perceptions (e.g., family, friends, justice system, and victims support services professionals), preventing an adequate social response to this form of violence.

Violência Na Intimidade Nos Relacionamentos Homossexuais Gays E Lésbicos

“…Por forma a ultrapassar os problemas existentes na investigação nesta área, estudos futuros devem utilizar um conceito uniformizado no que diz respeito à definição da problemática e à definição das tipologias de violência entre parceiros íntimos, metodologias (Barros et al, 2019;Chong, Mak, & Kwong, 2013) e instrumentos específicos do estudo do fenômeno na vertente homossexual, fazer distinção na análise dos dados (i.e., vítimas -perpetradores; masculino -feminino) (Badenes-Ribera et al, 2015;Finneran & Stephenson, 2012), utilizando amostras representativas (Roberts, 2005). Seria, também, interessante investir-se no estudo da problemática da saúde mental no contexto da violência em relacionamentos homossexuais, com a finalidade de se explorar se a mesma influencia, de algum modo, a vitimização e/ou a perpetração de violência, assim como investir-se na realização de estudos longitudinais, o que em Portugal se afigura escasso.…”

“…A violência íntima entre parceiros homossexuais é uma área, ainda que não em termos de existência, recente em termos de investigação (Dias, 2016). Apesar de se te tratar de um problema universal, com uma conotação bastante importante e, por conseguinte, alarmante, a investigação acerca da violência entre casais do mesmo sexo iniciou-se somente no final da década de 80, início da década de 90 (Badenes-Ribera, Bonilla-Campos, Frias-Navarro, Pons-Salvador, & Monterde-i-Bort, 2017; Barros, Sani, & Santos, 2019;Dias, 2016;Kimmes, Mallory, Spencer, Beck, Cafferky, & Stith, 2019). No que diz respeito às estimativas de prevalência de violência entre pessoas do mesmo sexo, estas são variáveis entre sexos, nomeadamente população lésbica, gay e população no geral (lésbica, gay, bissexual, transgênero) (Carvalho et al, 2011).…”

“…No contexto português, denota-se uma escassez de investigação neste sentido. Ainda assim, existem estudos que abordam este tema, nas mais diversas formas (e.g., Antunes & Machado, 2005;Barros et al, 2019;Costa, Machado, & Antunes, 2009;Domingues, 2015;Monteiro & Sani, 2013;Nunan, 2004;Topa, 2009Topa, , 2010. No estudo de Antunes e Machado (2005), cujo objetivo era analisar a prevalência da violência doméstica entre pessoas do mesmo sexo, numa amostra de 63 participantes, homens (gays) e mulheres (lésbicas), constatou--se que 20.6% dos participantes, que estavam na altura envolvidos numa relação, revelam terem sido vítimas de pelo menos um ato abusivo durante o último ano, e 15.9% admitem terem adotado algum tipo de comportamento violento relativamente ao seu companheiro.…”

“…LGBT (Badenes-Ribera et al, 2017;Murray, Mobley, Buford, & Seaman-DeJohn, 2007;Nunan, 2004;Kimmes et al, 2019), acresce ainda a existência de mitos relacionados com os papéis de gênero (a convicção de que os homens cometem agressões e as mulheres são, impreterivelmente, vítimas) (Badenes-Ribera et al, 2015; Barros et al, 2019;Dias, 2016; ISSN 1807-0310 Greenwood, Relf, Bu Huang, Pollack, Canchola, & Catania, 2002;Madera & Toro-Alfonso, 2005;Russell, Kraus, Chapleau, & Oswald, 2019) e com as dinâmicas de relacionamento dos casais homossexuais (e.g., papéis igualitários na díade) (Nunan, 2004), assim como o estigma, a homofobia social e a discriminação (Sutter, Rabinovitch, Trujillo, Perrin, Goldberg, Coston, & Calton, 2018;Kimmes et al, 2019), vigentes na sociedade no que diz respeito ao ser homossexual e, consequentemente, à existência de violência no seio de um casal homossexual (Badenes-Ribera et al, 2015;Greenwood et al, 2002;Madera & Toro-Alfonso, 2005). O presente estudo, uma vez que se foca na problemática da violência entre parceiros íntimos do mesmo sexo, tem como principal objetivo avaliar as porcentagens de prevalência da violência nos relacionamentos íntimos entre pessoas do mesmo sexo, somente gays e lésbicas, no contexto português, relativamente à violência física, psicológica, sexual e socioeconômica, tanto na vertente de vítima quanto na vertente de perpetrador.…”

Revisión sistemática sobre características metodológicas en el estudio de la violencia de pareja en hombres que tienen sexo con hombres

“…Con respecto a aspectos terminológicos, la población estudiada se ha denominado como gays y bisexuales, pero también es importante resaltar otros términos como el de hombres que tienen sexo con hombres (HSH), el cual integra tanto a hombres gay y bisexuales como a personas que no se identifican con alguna orientación sexual específica, pero que han presentado conductas sexuales con otros hombres (Estrada-Montoya, 2014;. Además, en aspectos metodológicos destaca la ausencia de herramientas de detección que permitan acceder a hombres gay y bisexuales víctimas de violencia, puesto que estas se han desarrollado sobre todo en mujeres heterosexuales , lo cual puede relacionarse con las dificultades existentes para obtener muestras representativas, técnicas de muestreo y de recolección de datos adecuados que permitan la generalización de los resultados obtenidos (Murray & Mobley, 2009); lo que a su vez se ha reflejado en la heterogeneidad de la prevalencia presentada en parejas del mismo sexo (Correia et al, 2019). Además, algunos comités de ética han enunciado su preocupación sobre el impacto de este tipo de investigación en el bienestar de la población LGB (lesbianas, gays, bisexuales) participante, por lo que se ha sugerido la existencia de consideraciones éticas únicas, puesto que las relaciones entre personas del mismo sexo aún son estigmatizadas (Edwards & Sylaska, 2016).…”