De acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, os corredores ecológicos representam a conectividade entre manchas de vegetação naturais ou seminaturais que ligam unidades de conservação. Corredores ecológicos melhoram o fluxo genético, a circulação de espécies e a recolonização de áreas degradadas, dentre outros serviços ecológicos. Até o presente momento, desconhecemse as áreas aptas a serem corredores ecológicos no Distrito Federal. O objetivo desse trabalho é definir áreas para implementação de corredores ecológicos ao longo do Parque Nacional de Brasília, da Reserva Biológica da Contagem e da Estação Ecológica de Águas Emendadas no Distrito Federal. O estudo foi baseado na integração de dados de declividade, uso e cobertura da terra, sistema viário, limites de propriedades rurais e áreas de proteção permanente e reserva legal. Foram estabelecidos pesos para cada classe (mapa) e subclasse (categoria), expressos em termo de escala que variou continuamente entre 1 (maior impedância) e 9 (menor impedância). Foi estabelecido o grau de importância de cada camada para a implementação do corredor ecológico a partir da metodologia denominada Processo de Análise Hierárquica (AHP), gerando-se o dado de potencialidade para criação de corredores. Com a imagem matricial de potencialidade (custo total), foi possível produzir as imagens de distância e direção de custo. Por meio da ferramenta de caminho de custo, foram determinados os caminhos de menor custo por célula e o melhor caminho único. Foram definidas quatro áreas de corredores ecológicos. O corredor ecológico mais indicado possui 38,61 km de extensão e área total de 14.779 hectares. Esse corredor pode ser uma opção atrativa para os gestores interessados em preservação da fauna e flora ou interessados em incentivar o turismo na região.