2019
DOI: 10.1590/1982-3533.2019v28n3art06
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Furtado e seus críticos: da estagnação à retomada do crescimento econômico

Abstract: ResumoO artigo discute o 'modelo de estagnação', desenvolvido por Furtado em 1965 e 1966, e comenta a crítica de Tavares e Serra à formulação de Furtado, de 'Além da Estagnação ' (1971). Procura discutir em que medida os textos de Furtado da primeira metade dos anos 1970 teriam representado uma meia-volta, no sentido de abandono dos pressupostos analíticos do modelo estagnacionista. Conclui que os impasses do modelo de estagnação de Furtado são inúmeros e bem diversos daqueles arguidos por Tavares e Serra.Pala… Show more

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“…Isso significa que a base lógica das análises de Furtado não está dada pelos modelos das escolas tradicionais, mas por uma derivação a partir da observação da realidade brasileira, que incorpora e suprassume premissas dessas escolas para criar um modelo de análise histórica e estruturalmente contextualizado. Não é à toa que Furtado, como defende Coutinho (2019), foi atualizando o modelo histórico-estrutural que fundamenta as suas análises da economia brasileira na medida em que se atualizavam os fatos históricos.…”
Section: Base Geral Da Problemática Furtadiana Do Subemprego Estruturalunclassified
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“…Isso significa que a base lógica das análises de Furtado não está dada pelos modelos das escolas tradicionais, mas por uma derivação a partir da observação da realidade brasileira, que incorpora e suprassume premissas dessas escolas para criar um modelo de análise histórica e estruturalmente contextualizado. Não é à toa que Furtado, como defende Coutinho (2019), foi atualizando o modelo histórico-estrutural que fundamenta as suas análises da economia brasileira na medida em que se atualizavam os fatos históricos.…”
Section: Base Geral Da Problemática Furtadiana Do Subemprego Estruturalunclassified
“…3 Parece fora de questão que "a reflexão sobre a relação entre distribuição de renda e crescimento [...] viria a se tornar central no pensamento de Furtado após 1964" (Bielschowsky, 1998. Especificamente sobre esse "segundo momento" da obra de Furtado ainda há debate, no qual damos razão a Coutinho (2019), que vê mais continuidade do que ruptura entre o que se tem chamado de fases estagnacionista e pós-estagnacionista. Ainda assim, nos referimos a tal fase da sua obra, na falta de uma denominação mais adequada, como "fase pós-estagnacionista".…”
Section: Introductionunclassified
“…In Brazil, the mid-1960 were a period of economic instability, high inflation, low growth rates and worsening political repression. In these adverse circumstances Furtado lost his earlier optimism, and his work increasingly stressed the stagnation tendencies in the economy (for an assessment, see Coutinho 2015Coutinho , 2019. He also argued that ISI had been unable to address the economy's bottlenecks and that it had worsened Brazil's social problems.…”
Section: Furtado: Ideas and Significance Of His Workmentioning
confidence: 99%
“…The most famous debate on the 'Miracle' was initiated byTavares and Serra's (1976) critique of Furtado stagnationist view. For a recent assessment, seeCoutinho (2019); see alsoCardoso and Faletto (1979) andOliveira (1972).4 For example, in a debate in the late 1980s attended by one of the authors (ASF), Furtado argued strongly for interdisciplinary approaches in the social sciences, but cautioned that true interdisciplinarity cannot be achieved by working in large committees, but only through individual learning from different views, approaches, traditions and disciplines.…”
mentioning
confidence: 99%
“…Para a análise de Subdesenvolvimento e estagnação na AméricaLatina, ver Bianconi (2016) eCoutinho (2019).9 Estamos falando do livro Empresário industrial e desenvolvimento econômico no Brasil, resultado da tese de livredocência apresentada em 1963. Como alertava o autor pouco antes do golpe militar, os industriais brasileiros compunham uma "camada social recente e heterogênea", sem representar claros interesses de classe, "uma consciência" ou "uma ideologia industrial"(Cardoso, 1972, p. 177).…”
unclassified