Dentre as doenças que limitam a qualidade de produção da cana-de-açúcar, as podridões do colmo merecem atenção devido às perdas que podem ocorrer na indústria. Comumente, o manejo é feito a partir de aplicações de fungicidas, no entanto, o uso de microrganismos antagonistas constitui-se em um método alternativo de controle, pois não acarreta contaminações no ambiente e nem para o aplicador. Metarhizium anisopliae, um agente microbiano de extrema importância no controle de pragas, tem mostrado, potencial efeito inibidor sobre Fusarium spp, patógeno causador da podridão. Objetivou-se avaliar o efeito de M. anisopliae sobre o crescimento inicial da cana-de-açúcar com interação de Fusarium spp. Gemas de colmos sadios de cana-de-açúcar variedade RB867515 foram lavados e submetidos à desinfestação superficial em solução de hipoclorito de sódio e seguida do álcool 70%. Em seguida, ficaram em suspensão de 1x105 esporos/ml de Fusarium, por 30 minutos e foram plantadas em vasos contendo solo devidamente infestado com suspensão de 1x108 esporos/ml de Metarhizium., onde foram realizados os seguintes tratamentos sem aplicação Metarhizium e Fusarium (T0); aplicação de Metarhizium (T1); aplicação de Metarhizium e Fusarium (T2); e aplicação de Fusarium (T3). Foi utilizado um DIC, de quatro tratamentos e cinco repetições, com as avaliações de altura dos colmos, espessura e quantidade de folhas, feitas nos intervalos de 21, 42 e 62 dias. Posteriormente foram avaliados o peso fresco e seco da parte aérea e das raízes e comprimento das raízes. Plantas tratadas com Metarhizium (T1) tiveram a maior altura em relação às plantas inoculadas com Fusarium (T4). Plantas tratadas com Metarhizium e Fusarium (T2) tiveram a maior espessura até os 42 dias, além de maior número de folhas, e maior média de peso fresco das raízes. A aplicação de Metarhizium (T1) resultou em maiores pesos frescos e secos da parte aérea das plantas.