ObjetivoDescrever as manifestações clínicas e analisar os achados laboratoriais indicativos de dengue, na Unidade de Urgência Referenciada Pediátrica do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas, durante epidemia na região, entre janeiro de 2007 e março de 2008.MétodosFoi feito estudo transversal de 231 pacientes com suspeita de dengue e idade entre zero e 15 anos. Os casos foram divididos em dois grupos, confirmados ou não, utilizando-se sorologias e/ou teste rápido ou critério clínico-epidemiológico durante a epidemia. Levantaram-se variáveis clínicas e laboratoriais, que foram processadas e comparadas entre os grupos, usando-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 16.0 e os testes estatísticos Qui-quadrado, teste-exato de Fisher, teste t de Student e regressão logística univariada, adotando-se p<0,05. ResultadosConfirmou-se dengue em 156 pacientes: 115 (73,7%) por critério clínico-epidemiológico, 20 (12,8%) por sorologia, 11 (7,1%) por teste rápido e 10 (6,4%) por ambos. O grupo portador de dengue apresentou maior média de idade, mais queixas de prostração, cefaleia, exantema, menos de diarreia e dor abdominal, necessitando menos de hidratação venosa e internação hospitalar. Encontrou-se também maior média de hematócrito e menor de leucócitos e plaquetas. Apenas um paciente preencheu critérios para febre hemorrágica do dengue. Dois evoluíram para óbito (sepse e febre maculosa). ConclusãoNa poopulação analisada, os sinais clínicos sugestivos para diagnóstico de dengue foram: idade, prostração, cefaleia e exantema, sendo pouco frequentes diarreia e dor abdominal. Alterações no hemograma mostraram-se estatisticamente significantes. Foram poucos os casos graves, um de febre hemorrágica do dengue e dois óbitos que não confirmaram dengue como causa mortis.Termos de indexação: Criança. Dengue. Sintomas clínicos. Surto de doença.