Freqüência de hemolisinas anti-A e anti-B em doadores de sangue de Itapeva e Ourinhos

Abstract

Uma transfusão de sangue com o tipo ABO incorreto pode resultar na morte do paciente, com reação hemolítica intravascular, seguida de alterações imunológicas e bioquímicas. Considerando a pequena quantidade de estudos sobre as hemolisinas anti-A e anti-B e a importância desses anticorpos na prática transfusional, o objetivo deste trabalho foi verificar a frequência dessas hemolisinas e a associação a fatores como etnia e gênero em doadores de sangue dos bancos de sangue dos municípios de Itapeva e de Ourinhos, no interior do estado de São Paulo. Foram analisadas todas as amostras de doadores tipo O cadastradas nos bancos de sangue, com elevado nível plasmático de hemolisinas (doadores considerados perigosos). Coletaram-se os dados relativos à frequência das hemolisinas, etnia, gênero e procedência destes doadores. A frequência de doadores de sangue do grupo sanguíneo O perigosos é de 1,2% em Itapeva e de 5,3% em Ourinhos. Na cidade de Ourinhos, o risco de um doador branco ter hemolisina positiva é 2,16 vezes maior do que para outros doadores, e na cidade de Itapeva notou-se que o risco é menor para brancos do que para outros doadores. Em relação ao gênero, em Ourinhos o risco de um doador ter hemolisina positiva é 1,82 vezes maior para o gênero masculino, e na cidade de Itapeva, o risco foi maior para doadores do gênero feminino. A relação entre o gênero, a etnia e a frequência de hemolisinas foi diferente nas duas cidades. Mesmo assim, destaca-se a importância dos bancos de sangue estarem atentos às características de prevalência deste tipo de doador. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2008;30(6):453-456. Palavras-chave:Hemolisinas; doador O perigoso; reação transfusional; anticorpos ABO hemolíticos.

Titers of ABO antibodies in group O blood donors

“…( 9 ) Acomparison between two cities in São Paulo state showed high titers for both men and women with an increase in levels in recent years. ( 10 ) The authors did not stratify for age and the technique used for titration was not mentioned. Our titration procedure did not include the determination of IgG titer levels, just IgM.…”

Dangerous universal donors: the reality of the Hemocentro in Belo Horizonte, Minas Gerais

“…Many studies use a cut-off point of 100 to classify a donor as dangerous using the microplate titration technique. 14 , 15 , 16 , 17 , 18 It should be noted that standardization in the reading of agglutination intensities using this technique is more complex compared to the tube technique in respect to the titer definition of the AABB Technical Manual. The titer is given as the highest dilution that produces a macroscopic agglutination of one cross (1+).…”

“…Another study involving 4447 samples of O blood group donors found frequencies of 1.2% of donors classified as dangerous universal donors in Itapeva and 5.3% in Ourinhos both in São Paulo, without distinguishing the influence of each hemagglutinin and without assessing IgG antibodies. 18 …”