Introdução. A neurocisticercose (NCC) é a infecção parasitária mais comum do sistema nervoso central (SNC). Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas são infectadas nos países em desenvolvimento, sendo considerada endêmica principalmente na América Latina, na América Central, na Ásia e na África. Este artigo se propõe revisar os conhecimentos mais atuais da neurocisticercose, com enfoque para os principais achados clínicos e anatomopatológicos apresentados pelos pacientes, estudos em modelos animais, testes diagnósticos e a terapêutica medicamentosa implementada. Método. Trata-se de um estudo de atualização de literatura, quando foram realizadas buscas nas bases de dados MedLine, Scielo, Lilacs e Pubmed, nos idiomas inglês e português. A maioria dos artigos relacionados foi publicada no período compreendido entre os anos de 2000 e 2008. Resultados. Muitos indivíduos com neurocisticercose são assintomáticos. Nos indivíduos sintomáticos, os achados clínicos são dependentes da localização, do tamanho e da quantidade de cistos, além do processo auto-imune relacionado à agressão do parasita ao SNC. Conclusão. O tratamento da neurocisticercose pode ser clínico ou cirúrgico e o prognóstico variável.