Formação de professores em Modelagem e a escola: que caminhos perseguir?

Abstract

Resumo: Buscamos, com este texto, discutir possibilidades para a formação de professores em Modelagem, considerando o contexto no qual eles atuam ou irão atuar: as escolas. Em um ensaio teórico, pautado no paradigma qualitativo, e com base em pressupostos freireanos, nosso debate se dá pelo viés das potencialidades da formação de professores frente ao contexto atual em que estamos inseridos, no qual impera um currículo prescrito. Imbricados nesse cenário e a partir de nossas vivências como formadores, defendemos que a escola se constitui como um lócus privilegiado para a formação dos professores e que as pesquisas desenvolvidas podem colaborar com a prática daqueles que estão diretamente envolvidos com os alunos, assim como com os futuros professores. Nessa dinamicidade, advogamos em favor da Modelagem enquanto uma possível abordagem passível de contribuir para a formação e para a prática do professor de Matemática, além de outros significados matemáticos para os alunos em uma perspectiva emancipadora e transformadora.Palavras-chave: Educação Matemática; Formação Inicial de Professores; Formação Permanente de Professores; Paulo Freire. Formation of teachers in Modeling and school: which ways to go?Abstract: With this text, we seek to discuss possibilities for teacher training in Modeling, considering the context in which they work or will work: schools. From a theoretical essay, in a qualitative paradigm and based on Freire’s assumptions, our debate is based on the potential of teacher education in the current context in which we are inserted, in which a prescribed curriculum prevails. Imbricated in this scenario and from our experiences as formators, we defend that the school constitutes as a privileged locus for the formation of the teachers and that the research developed can collaborate with the practice of those directly involved with students, as well as with future teachers. In this dynamism, we advocate in favor of Modeling as a possible approach that can bring ways for the formation and practice of the Mathematics teacher, in addition to other mathematical meanings for students in an emancipatory and transformative perspective.Keywords: Mathematical Education; Initial Formation of Teachers; Permanent Formation of Teachers; Paulo Freire.

Desenvolvimento Profissional Do Professor Mobilizado Pela Modelagem Matemática: Uma Narrativa Em Foco

“…O fato da modelagem matemática na Educação Matemática estar associada à busca por solução para problemas do mundo real com o auxílio da matemática (BLUM, 2015) tem atraído professores e pesquisadores a desenvolver investigações em diferentes contextos e enfoques. Alguns têm se dedicado a discutir acerca de abordagens teóricas em torno da própria modelagem matemática (GONZALES; AKEMI, 2021; ALMEIDA, 2022; VELEDA; BURAK, 2020; VIANA; VERTUAN, 2021, SANTOS; VERONEZ, 2021), há estudos que se ocupam de discutir práticas de modelagem matemática (ALMEIDA; SILVA; BORSSOI, 2021; PINTO; ARAÚJO, 2021;LIMA, et al, 2022), aqueles que estabelecem relações entre modelagem matemática e outras teorias (CARVALHO; SILVEIRA, 2019; MENDES; ALMEIDA, 2020; SILVA; BORSSOI; DALTO, 2021), e também estudos que problematizam aspectos relacionados à formação de professores (ROSA, 2018;LOUREIRO, 2022;SOUZA;, entre outros.…”

Modelagem Matemática Na Perspectiva Do Docente-Formador De Estágio Curricular Supervisionado

“…Segundo Klüber (2017), há um contexto favorável para as discussões sobre essa temática dada a defesa da inserção da Modelagem Matemática nos currículos de Formação de Professores. Assim, tanto a Modelagem Matemática na Formação de Professores quanto a Formação de Professores em Modelagem Matemática têm ganhado destaque nas pesquisas brasileiras (MUTTI, KLÜBER, 2018;MALHEIROS, FORNER, SOUZA, 2020).…”

Paulo Freire e a Educação Matemática: entrelaces de pesquisas

“…Advogamos a favor que a escola é um lócus privilegiado para a formação de docentes e licenciandos, pois nela é que as situações-limites se evidenciam e podem ser superadas. Entendemos assim, que as ações formativas sejam feitas "com" a escola e não "para" ela, em uma perspectiva freireana e dialógica [33].…”