Abstract:A queima de folhas em brotações em jardim clonal e a mela de estacas na fase de enraizamento, causadas por espécies de Rhizoctonia, podem limitar a produção de mudas de eucalipto por estaquia. Apesar de sua importância, pouco se conhece sobre essas doenças. Assim, visando otimizar as estratégias de controle dessas doenças, nesse trabalho objetivou-se elucidar aspectos da dinâmica populacional de Rhizoctonia spp. no solo e em brotações, a fim de estabelecer, correlações com a incidência da doença, bem como dete… Show more
“…Esses isolados tiveram características típicas de Rhizoctonia zeae Voorhess (Ploetz et al, 1985). Dez isolados de R. zeae coletados no solo do jardim clonal 1 foram patogênicos a eucalipto (Sanfuentes, 2000). Esta espécie de Rhizoctonia causa doenças foliares em pastagens naturais e gramados (Burpee & Martin, 1992), gramíneas cultivadas (Li et al, 1998;Hashiba & Kobayashi, 1996), cereais (Mazzola et al, 1996) e tombamento de mudas em pinus (Sneh et al, 1991).…”
Espécies de Rhizoctonia causam queima foliar em brotações de jardim clonal e podridão de estacas durante o enraizamento, que podem limitar a clonagem do eucalipto, por estaquia. Diante da importância do patógeno para a cultura e da falta de estudos sobre a diversidade de isolados, esse trabalho objetivou caracterizar isolados e relatar novos grupos de anastomose de Rhizoctonia spp. em jardim clonal de eucalipto. Os isolados obtidos nas diferentes fases de propagação por estaquia foram caracterizados quanto ao número de núcleos nas células vegetativas, agrupados segundo as características morfológicas das colônias e identificados quanto aos grupos de anastomose, incluindo auxotrofia por tiamina. Avaliou-se, também, a virulência ao eucalipto e o efeito da temperatura no crescimento micelial dos isolados. Não se detectou correlação entre os agrupamentos morfológicos e reações de anastomose. Constatou-se, também, que a população de Rhizoctonia spp., nos solos de jardins clonais, é constituída por ampla gama de isolados, predominantemente binucleados, com diferentes graus de virulência a eucalipto. Os isolados binucleados e os multinucleados, tiveram a mesma tendência de crescimento em relação à temperatura, com ótimo para a taxa de crescimento entre 25-30 ºC. Observou-se, pela primeira vez, isolados de R. solani AG2-2 IIIB e os binucleados de Rhizoctonia spp., AG-P e AG-O, como agentes etiológicos da podridão de estacas em casa de vegetação, e os isolados binucleados AG-A e AG-L em solo de jardim clonal de eucalipto.
“…Esses isolados tiveram características típicas de Rhizoctonia zeae Voorhess (Ploetz et al, 1985). Dez isolados de R. zeae coletados no solo do jardim clonal 1 foram patogênicos a eucalipto (Sanfuentes, 2000). Esta espécie de Rhizoctonia causa doenças foliares em pastagens naturais e gramados (Burpee & Martin, 1992), gramíneas cultivadas (Li et al, 1998;Hashiba & Kobayashi, 1996), cereais (Mazzola et al, 1996) e tombamento de mudas em pinus (Sneh et al, 1991).…”
Espécies de Rhizoctonia causam queima foliar em brotações de jardim clonal e podridão de estacas durante o enraizamento, que podem limitar a clonagem do eucalipto, por estaquia. Diante da importância do patógeno para a cultura e da falta de estudos sobre a diversidade de isolados, esse trabalho objetivou caracterizar isolados e relatar novos grupos de anastomose de Rhizoctonia spp. em jardim clonal de eucalipto. Os isolados obtidos nas diferentes fases de propagação por estaquia foram caracterizados quanto ao número de núcleos nas células vegetativas, agrupados segundo as características morfológicas das colônias e identificados quanto aos grupos de anastomose, incluindo auxotrofia por tiamina. Avaliou-se, também, a virulência ao eucalipto e o efeito da temperatura no crescimento micelial dos isolados. Não se detectou correlação entre os agrupamentos morfológicos e reações de anastomose. Constatou-se, também, que a população de Rhizoctonia spp., nos solos de jardins clonais, é constituída por ampla gama de isolados, predominantemente binucleados, com diferentes graus de virulência a eucalipto. Os isolados binucleados e os multinucleados, tiveram a mesma tendência de crescimento em relação à temperatura, com ótimo para a taxa de crescimento entre 25-30 ºC. Observou-se, pela primeira vez, isolados de R. solani AG2-2 IIIB e os binucleados de Rhizoctonia spp., AG-P e AG-O, como agentes etiológicos da podridão de estacas em casa de vegetação, e os isolados binucleados AG-A e AG-L em solo de jardim clonal de eucalipto.
“…A quantificação da atividade saprofítica de Rhizoctonia no solo pode ser realizada por diversos métodos (Carling et al, 1992;Dhingra et al, 1995;Neate et al, 1996), mas a utilização de iscas tem propiciado resultados excelentes (Paulitz et al,, 2005;Sanfuentes et al, 2007;Babiker et al, 2011;Spurlock et al, 2015), inclusive sendo observadas correlações positivas significativas entre os níveis detectados pelo ensaio com iscas e os níveis quantificados por PCR em tempo real (qPCR) (Harries et al, 2020).…”
O fungo Rhizoctonia pode sobreviver no solo por longos períodos sem plantas hospedeiras e condições favoráveis, quase exclusivamente na forma de micélio ativo e escleródios, sendo essa estratégia denominada colonização saprofítica. Este trabalho teve como objetivos avaliar a atividade saprofítica de Rhizoctonia em 52 amostras de solos da região Nordeste do Brasil e analisar a relação das propriedades físicas, químicas e microbiológicas dos solos com essa atividade. Nesse estudo, a atividade saprofítica foi avaliada com iscas de segmentos de talos de feijão-caupi e foi detectada em 38,5% das amostras de solo. Não houve influência significativa do tipo de cobertura do solo na época de coleta e da classe textural dos solos no percentual de colonização saprofítica. Foram constatas correlações positivas e significativas (P<0,01) da atividade saprofítica de Rhizoctonia com os teores de fósforo (r = 0,80), potássio (r = 0,54) e atividade hidrolítica do diacetato de fluoresceína (r = 0,51). Com esses resultados, foi possível estabelecer uma relação entre o potencial de supressividade ou conducividade de alguns solos e o saprofitismo de Rhizoctonia.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.