Fixação funcionalmente estável no tratamento de sequela de fratura cominutiva de mandíbula por PAF

Abstract

Introdução: em traumas de alta energia por projéteis de arma de fogo (PAF), pode ocorrer a cominuição da mandíbula. Quando não identificadas ou tratadas de maneira equivocada, essas injúrias podem comprometer a saúde do indivíduo, com graves complicações estéticas e funcionais. Objetivo: o objetivo deste trabalho é relatar um caso de tratamento cirúrgico de sequela de ferimento por arma de fogo com fratura cominutiva em região de sínfise mandibular. Relato do caso: paciente procurou o serviço de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial após tratamento cirúrgico insatisfatório de fratura mandibular por PAF. Observou-se clinicamente mobilidade em manipulação, exposição óssea e drenagem purulenta. Na tomografia, observou-se gap ósseo, descontinuidade na base mandibular e material de osteossíntese inadequado. Foi proposta uma abordagem cirúrgica para instalação de placa de reconstrução do sistema 2.4 mm. Em acompanhamento pós-operatório, o paciente evoluiu com abertura bucal funcional e satisfatória, sem mobilidade nos fragmentos ósseos, arcabouço mandibular restabelecido e adequado posicionamento do material de fixação. Considerações finais: os casos de cominuição óssea apresentam características individuais que devem ser levadas em consideração em seu manejo. Nesses casos, a escolha do material de fixação é fundamental para o sucesso terapêutico e o uso de prototipagem soma para uma condução satisfatória do caso, garantindo menor tempo cirúrgico e melhor adaptação da placa.

Abordagem de fratura de mandíbula atrófica por sistema do tipo carga suportada: relato de caso

“…Conforme já demonstrado na literatura (Rodrigues et al, 2020) e evidenciado pelo presente caso, um diagnóstico mais acurado e preciso é fundamental para a adequada localização e tratamento da fratura. Por isso, é necessário um exame físico minucioso, atento aos principais sinais e sintomas associados a essas fraturas como, por exemplo, mobilidade atípica a manipulação da mandíbula, edema e equimose, assimetria facial, abertura bucal limitada, distopia oclusal, dor e parestesia.…”

“…O diagnóstico dessas fraturas é basicamente clínico, através do exame físico bem executado e exames complementares. As radiografias bidimensionais e as tomografias computadorizadas de face são fundamentais, pois garantem uma melhor avaliação da fratura e de suas extensões (Rodrigues, Uchôa, Torres, Dib & Oliveira, 2020). Ainda, segundo os mesmos autores, ao exame físico, deve-se atentar aos principais sinais e sintomas das fraturas mandibulares, como mobilidade atípica à manipulação da mandíbula, distopia oclusal, limitação da abertura de boca, edema localizado, equimose sublingual, assimetrias, dor e parestesia.…”

“…Além disso, deve-se levar em consideração alguns fatores e características da lesão, como deslocamento e cominuição dos fragmentos fraturados, ação muscular, maloclusões, idade do paciente e habilidade do cirurgião (McNamara, Findlay, O'Rourke & Batstone, 2016). Uma das opções de tratamento, de forma cruenta, são as fixações internas rígidas por meio de dispositivos fixadores dos tipos load-sharing e load-bearing, com indicações específicas cada uma delas (McNamara et al, 2016;Rodrigues et al, 2020).…”