O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade de vida de mulheres no climatério usuárias da Atenção Primária à Saúde. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, do tipo transversal, realizada com mulheres no climatério. A amostra foi composta por 265 mulheres. Os dados foram coletados utilizando um questionário sociodemográfico e o WHOQOL-Bref. Realizou-se estatística descritiva, medidas de tendência central e dispersão, cálculo da frequência relativa e do teste de Kolmogorov-Smirnov. Quanto às variáveis sociodemográficas, a faixa etária de 61-65 anos, ciclos regulares ou menopausadas, não solteiras, com maior escolaridade e renda familiar, foram as que tiveram melhor qualidade de vida. Em relação à raça autodeclarada, as mulheres pretas apresentaram escores mais baixos em todos os parâmetros investigados com o questionário socioeconômico e demográfico. Dos domínios avaliados no instrumento WHOQOL-Bref, o domínio físico, o social e o psicológico apresentaram melhores resultados para a qualidade de vida satisfatória e o domínio meio ambiente obteve menor contribuição para uma melhor qualidade de vida em todas as facetas investigadas. Conclui-se que, embora a qualidade de vida geral da mulher seja satisfatória, algumas variáveis relacionadas às condições sociais, nível de instrução e condições de moradia que se comunicam com o domínio meio ambiente trazem resultados menos satisfatórios que podem impactar na qualidade de vida das mulheres climatéricas.