Esse trabalho tem por objetivo investigar a produção de preconceito implícito nos discursos de alunos de graduação da área da saúde e seus atravessamentos culturais com gênero e educação. Quanto a metodologia utilizada, trata-se de um estudo qualitativo descritivo, desenvolvido com estudantes de cursos da área da saúde de uma universidade brasileira e uma espanhola. A coleta de dados deu-se a partir de entrevistas semiestruturadas gravadas em áudios e transcritas. Para a análise de dados, fez-se uso da técnica de Análise de Conteúdo. Dessa forma, as questões culturais e educacionais observadas nos discursos, levam em consideração os aspectos (des)construídos e gerados ao decorrer da vida; os quais convidam a refletir acerca dos modelos sociais, considerando questões heteronormativas e modelos unidirecionais. Marcas que reforçam o preconceito implícito enraizados na sociedade civil, bem como os discursos que trazem os preconceitos velados, são responsáveis por enfraquecer um modelo social igualitário e equitativo. Desse modo, constatamos que o estudo provocou e evidenciou a necessidade de reflexões sobre o processo formativo dos acadêmicos da saúde.