Feminist Music Theory into the Millennium: A Personal History

Análise musical da Suíte Imperial de Clarisse Leite para violão a partir de técnicas analíticas de John Rink

“…Como evidenciado por Geraldo Ribeiro na mencionada entrevista, a obra apresenta alto grau de dificuldade técnica. Além do movimento em Fá menor, que não é uma tonalidade idiomática para o instrumento devido a maior exigência de realização de pestanas (o que acaba sendo uma consequência do baixo número de alturas que são executadas com cordas soltas), há outros aspectos de exigência técnica, como muitas aberturas de mão esquerda entre cordas agudas e graves, utilização da região sobreaguda 9 , dificuldade de digitar passagens com muitas mudanças de posição, pouca utilização de cordas soltas, entre outros fatores que muitas vezes causam fadiga, principalmente da mão esquerda.…”

“…A obra insere-se no contexto da produção para violão no século XX, onde são raros os exemplos de suíte, além das referências, performance e difusão de obras de mulheres compositoras 10 . Um dos contextos atuais onde se pratica 9 Utilizaremos esse termo para notas na região mais aguda do violão após a décima segunda casa do braço do instrumento, considerando a recorrência da escrita da compositora nessa região, principalmente na primeira corda do instrumento. Nesse sentido, a seguir apresentamos a análise da Suíte Imperial de Clarisse Leite a partir das seis técnicas analíticas propostas por John Rink, com a descrição dos procedimentos analíticos e a análise da obra através da partitura e da própria construção da performance, considerando a integração entre análise, performance e repertório que anteriormente fundamentamos.…”