“…Também pela recenticidade de tal legislação ainda não há dados específicos que ilustrem os seus desdobramentos no estado, mas, já se sabe que de 2014 a 2016, foram fechadas, no Campo, 425 escolas, sendo 424 delas municipais, o que lança foco para as redes municipais que atendem, prioritariamente, a Educação Infantil e os anos iniciais do Ensino Fundamental. Foram menos 21.604 matrículas nas escolas municipais do Campo, nesse período (Tabela 1), o que corrobora com a análise de Ferreira e Brandão (2017) sobre os efeitos da municipalização das escolas, prevista na atual LDB, para a Educação do Campo. No Campo, menos escolas, menos alunos, menos professores significa negação ao direito de aprender, de vivenciar oportunidades que promovam o acesso ao saber, ao conhecimento acumulado, e, como salienta Arroyo (1986, p.12), "a negação do saber interessou sempre à burguesia que vem submetendo o operariado ao máximo de exploração e de embrutecimento.…”