Introdução: O transplante haploidêntico (haplo) vem crescendo em números e se tornando uma alternativa viável para pacientes sem doadores compatíveis. Uma assistência de enfermagem qualificada também e muito importante para o seu sucesso. Portanto, torna-se necessário adquirir conhecimentos e habilidades no assunto. Objetivo: Descrever as características clinicas e complicações do haplo com ciclofosfamida pós-transplante e discutir suas implicações para a assistência de enfermagem. Método: Revisão integrativa da literatura publicada a partir de 2014, pesquisada nas bases da Biblioteca Virtual em Saúde com o descritor “haploidentical transplantation” e selecionada com critérios pré-definidos. Resultados: Vinte e cinco textos foram revisados; todos da area medica e compostos principalmente de estudos de coorte retrospectivos com amostras pequenas. Entre as características mais prevalentes, destacaram-se: a mãe como principal doadora para crianças (5/7 estudos); regime não mieloablativo (52%); e enxerto de sangue periférico (56%). Além da doença enxerto versus hospedeiro e da rejeição, as complicações mais descritas foram: cistite hemorrágica por vírus BK (56%) e reativação do citomegalovírus (48%); e as com maiores variações nas frequências foram mucosite (8% a 100%) e febre não infecciosa (22% a 100%). As principais causas de mortalidade foram a recaída da doença (3% a 35%) e as infecções (3% a 32%). Conclusão: Esta revisão alertou para a necessidade de aprimoramento da assistência na administração da ciclofosfamida pós-transplante, no suporte aos doadores e no manejo da febre não infecciosa, das infecções virais e da cistite hemorrágica, para que haja melhora na qualidade de vida dos pacientes e diminuição na morbidade e na mortalidade relacionadas ao haplo.